Divine Wine Bar: para os jovens amantes do vinho

Burrata cremosa com limão siciliano

Localizado num pequeno e agradável imóvel abaixo do nível da rua na Alameda Jaú, o pequeno Divine Wine Bar tem decoração clássica/moderna, clima escurinho de bar intimista e o som animado de uma balada. Não é um lugar para executivos carrancudos tomarem porto ou senhorinhas degustarem espumantes enquanto conversam sobre a carreira dos filhos— é um lugar para jovens que curtem vinho.

Este novo wine bar— estabelecimento onde se trabalha basicamente com vinhos em taças ou garrafas, conceito que custa a pegar no Brasil—é bonito, tem uma seleção interessante de rótulos e comidinhas bem gostosas. Pena, como quase tudo na cidade, ser tão caro.

O salão escurinho, abaixo do nível da rua, do Divine Wine Bar

O trio de bruschettas feitas com pão da incrível padaria artesanal PAO custa R$ 30… Ok, as coberturas levam ingredientes de qualidade (chevre e sálvia, aspargos com queijo feta, tomates, alcaparras e ervas, brandade de bacalhau com azeite de trufas brancas) mas o valor é surreal. Alternativas tão boas quanto, e bem mais em conta, são a cremosa Burrata com lascas de limão siciliano (R$ 20) e os crocantes charutinhos enrolados em pão folha com recheio de cogumelos e, embaixo, um delicado pesto com grãos de mostarda (R$ 17).

A seleção de vinho inclui somente rótulos de vinícolas boutique—ou seja, nada de Santa Julia ou Miolo. Se isso  pode ser ruim por um lado—não se encontra garrafas por menos de R$ 60–, é ótimo por outro: a possibilidade de você provar um vinho ruim é bem remota. Eu, inclusive, provei uns bem bons como o Las Perdices Viognier e o Chateau Moulin La Graviere. A carta conta com cerca de sessenta rótulos selecionados por um dos sócios, Ricardo Melo, que não é sommelier nem enólogo mas tem bom gosto louvável.

Enomatic: oito rótulos para você provar em três diferentes dosagens

Existem algumas opções de degustação: garrafas inteiras, taças e, a mais divertida, um cartão da Enomatic. A máquina conta com oito rótulos que passeiam pelo tinto encorpado, tinto leve, brancos e roses e são trocados a cada mês. Então você compra um cartão com um valor (R$ 50 é bom), vai até a bela “vitrine” iluminada e opta por dose degustação (ridícula de pequena), meia dose ou inteira. Os valores variam de acordo com o vinho mas, em geral, uma dose degustação custa cerca de R$ 8, meia dose uns R$ 13 e dose inteira, R$ 25.

Se bebeu demais, equilibre com um docinho. A ótima e pequenina versão abaunilhada e com calda de caramelo da Tarte Tatin é bem gostosa mas, mais uma vez, caríssima: R$ 15.

 

 

O trio de bruschettas feitas com pão da padaria artesanal PAO: R$ 30

 

Divine Wine Bar: Al. Jaú, 1.844 C, Jardim Paulista, tel. (11) 3063-3961

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