ESTABELECIMENTO FECHADO
Aberto em novembro de 2011 por Juscelino Pereira e outros sócios, o La Cocotte nunca me convenceu. Na época, o salão era pomposo, o serviço feito à antiga, os preços não muito simpáticos e a comida… bem, bem mediana. O tempo se passou, os clientes não se mantiveram fiéis e diversas mudanças foram feitas com o intuito de acertar o passo. A última delas, e mais radical, foi uma grande reforma, menu mais jovial e informal e, maior de todas, a contratação do chef Erick Jacquin como consultor. O chef estava sem parada desde que fechou seu restaurante, abruptamente, no final do ano passado.
A nova fórmula deu certo.
O salão ganhou tons fortes. O serviço tornou-se mais informal. Saíram as toalhas e guardanapos de panos. A clientela rejuvenesceu. E os preços, seguindo tendência forte, foram diminuídos (alguém aí ainda aguenta/não vê o surto de inflação combinado com isperrrrrteza que assombra o país?!).
Agora, o cardápio traz diversas opções de entradas e porções para compartilhar, como o Tempurá de camarões com ketchup épicé (R$ 55), rã provençal e tomate confit (R$ 42) e, na cocottes, champignons provençal (R$ 28,50), mini hambúrguer e batata sauté (R$ 39). Peça o Steak tartare -, que traz carne com bastante picles de pepino picado, marca do tartare de Jacquin- com as gostosas e gordinhas batatas fritas da casa (R$ 38,90).
Os sanduíches também ganharam lugar: Hamburger de fraldinha com alface, tomate, picles, cebola caramelizada, emmenthal e fritas (R$ 37,50); bem feito Croque Jacquin, o clássico croque monsieur -ou madame, com ovo-, feito com brioche, presunto rouyal, queijo gruyere e molho bechamel, acompanhado por generosa salada (R$24,80); tartine de cream cheese, tomate e salmão (R$ 36).
Caso queira a convencional “entrada, prato e sobremesa”, é possível começar com Aspargos verdes e vinagrete de mostarda (R$ 28) ou Terrine campagne com torradas da casa (R$ 21,50), entre outros. Mas, sinceramente, o compartilhamento é bem mais lúdico.
Entre os principais, excelente risoto de açafrão que acompanha as gordas e suculentas vieiras grelhadas ao molho champagne (R$ 55). Outro risoto delicioso é o de coração de alcachofra e pesto genovês (R$ 44). Para os carnívoros – não pedi, mas vi passando para as cinco pessoas da mesa ao lado – filé mignon ao poivre com fricassé de champignons (R$ 52).
As sobremesas são um ponto alto do menu do La Cocotte, caso do maciíssimo, leve e cheiroso Baba, que no lugar do tradicional rum da receita leva generosa dose de cachaça Germana e é escoltado por chantilly (R$ 17). A delicada e generosa Île flottante -bola de ovos nevados cobertos por caramelo, sobre creme inglês (R$ 16,50) – vale muito. Há ainda Creme brulê (R$ 15,50) e Mousse de chocolate (R$ 17), receita da mãe de Jaquin.
Durante a semana, no almoço, os valores são honestos, levando em conta a área em que a casa está instalada e a qualidade oferecida. A sugestão de salada verde, prato do dia e sobremesa, sai por R$ 48 (R$ 42, sem sobremesa); a intitulada “Formule Express” – salada verde, entrecote e fritas -fica R$56.
Me parece que, enfim, o La Cocotte acertou a mão. Torço para que mantenha a qualidade.
La Cocotte: Alamenda Ministro Rocha Azevedo, 1.153, tel.: 3081-0568
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