Mais um ano sou jurada da etapa nacional do maior concurso de coquetelaria do mundo, o Diageo World Class. Em mais de uma dezena de países, 10 mil bartenders recebem treinamento e concorrem, em finais regionais, ao prêmio de melhor profissional do mundo.
Neste ano, tive a árdua tarefa de provar drinques na semifinal e da final brasileira. Bom notar como o nível dos bartenders está melhorando consideravelmente – hoje já existe uma preocupação maior com uso de ingredientes frescos e o mínimo de preparos industriais nas receitas, com a fabricação dos próprios bitters, sucos e xaropes.
Ontem, oito competidores passaram por quatro provas envolvendo vodca (Ciroc), gin (Tanqueray), uísque (Gold Label) e rum (Zacapa). No final do dia, apenas cinco lutavam pela vaga na final mundial, a ser realizada no final de agosto do Reino Unido.
O vencedor foi Laércio Silva, conhecido como Zulu, do bar paulistano La Maison Est Tombeé. O que mais me encantou no trabalho de Zulu, de apenas 26 anos, foi seu profundo interesse por fruta nacionais, coisa rara de se ver num país no qual a coquetelaria ainda é dominada por limão siciliano… Aromático, impactante, equilibrado, o punch feito por ele com Zacapa levava especiarias, pimenta e um toque sensacional e perfumado de caju. Daqueles de tomar a noite toda e pedir mais.
Muita sorte ao nosso competidor. Gente dedicada, talentosa e batalhadora merece todo o reconhecimento.
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