Me tornei fã confessa do trabalho do jovem chef Victor Dimitrow desde que ele abriu as portas de seu pequeno Petí, há dois anos, em Perdizes. Mesmo escondido, funcionando no salão dos fundos da loja de artigos artísticos de seu pai, o Petí não demorou para despontar como uma das joias da gastronomia da cidade, ganhar prêmios e atrair foodies. Criações de sabores equilibrados, cardápio dinâmico, doses sensatas de criatividade, belíssimo empratamento e excelente custo-benefício fizeram do restaurante um tremendo sucesso.
E foi esse êxito, unido ao forte vínculo com o mundo artístico, que motivou o convite da Escola Panamericana de Artes para que Victor instalasse unidades do Petí dentro das duas escolas (em ambas, sua família possui lojas). A primeira, que acaba de ser inaugurada, fica na Avenida Angélica, 1900. É o Petí Panamericana.
Situado na agradabilíssima laje da escola (há quem prefira chamar de rooftop…), o novo Petí Panamericana tem salão claro, calmo e de decoração minimalista. Apesar da pegada gastronômica ser a mesma do Petí – cozinha contemporânea/brasileira/sazonal -, ali o esquema é bufê de saladas (para atrair e satisfazer a clientela de almoço da região) somado a prato principal. O valor? Ótimos R$ 39.
Quando digo bufê de saladas, não visualize rúculas tristes ou deprimentes fatias de tomate: as receitas são originais, prazerosas e mudam todos os dias. Ali se pode encontrar, por exemplo, tartare de beterraba com molho de gema curada sobre torrada de pão de cacau 100%, homus de feijão fradinho e salada de quirera com legumes grelhados.
O menu de principais traz seis opções, alteradas frequentemente, que podem incluir Peixe do dia (quando comi, foi sororoca) com moqueca de banana da terra no leite de coco, suculento cupim braseado com purê de batata doce roxa, alface romana grelhada e tutano, cubos de frango com arroz caldoso, quiabo crocante e picles de semente de quiabo e risoto de cevadinha com abóbora e picles de melão.
Sobremesas continuam sendo um dos fortes de Victor: sempre lindas, delicadas e não-óbvias. Prove o Cremoso de chocolate com cookie de manteiga de amendoim e cumaru e o creme brulê de café com pipoca e caramelo salgado (R$ 14, cada).
Por enquanto, só abre para almoço. Em breve, haverá brunch aos sábados.
Para os alunos, ou quem tiver fome do meio da tarde, a lanchonete que funciona dentro da loja de produtos artísticos – ao lado do restaurante – serve, de manhã até a noite, pães de queijo, empanadas, sanduíches, bolos. Tudo feito ali.
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