Festival Pelos Povos da Floresta: restaurantes se unem em prol dos produtos nativos amazônicos

Bolinho de babaçu com cumaru do Balaio IMS para o Festival Pelos Povos da Floresta

A preservação da biodiversidade brasileira nunca esteve tão ameaçada. Não bastasse neste ano estar acontecendo a maior taxa de desmatamento da história na Amazônia, o Cerrado e o Pantanal também estão sob ataque – além de nosso litoral estar, ainda, contaminado por toneladas de óleo cru. O que podemos fazer para combater esses crimes ambientais constantes e crescentes? Conhecer, valorizar e consumir os produtos de nossos biomas, ajudando a criar alternativas econômicas sustentáveis e, com isso, preservar um dos maiores tesouros do planeta.


Promovido pelo Instituto Socioambiental (ISA) e a rede Origens Brasil®, o Festival Pelos Povos da Floresta apresenta receitas – em 8 restaurantes paulistanos – que dão visibilidade e colocam como protagonistas ingredientes de povos indígenas, comunidades extrativistas e quilombolas que, apesar de nativos, não são tão comuns na mesa dos brasileiros.

Moqueca de pupunha com óleo de pequi do Tordesilhas

De 7 a 15 de dezembro, participam do Festival Pelos Povos da Floresta, as casas Balaio IMS, Balaio Café, Banzeiro, Dalva e Dito, Jojo Lab, Rainha (PF Mercado Municipal de Pinheiros), Tordesilhas, confeitaria Marilia Zylbersztajn e Deli Garage 

Produtos amazônicos são as estrelas do Festival Pelos Povos da Floresta, que acontece em 8 restaurantes paulistanos

No dia 14, das 10h30 às 16h, uma feira no Mercado de Pinheiros irá apresentar todos os produtos da economia da floresta, com destaque para o lançamento do Chocolate Yanomami, produzido com cacau nativo da Terra Indígena Yanomami – uma importante aposta para gerar renda em um território ameaçado pelo avanço do garimpo ilegal.

Mujeca de peixe moqueado e cogumelos yanomami do Banzeiro para o Festival Pelos Povos da Floresta

Entre as receitas do Festival, há:

  •  Mujeca de peixe moqueado e cogumelo Yanomami (R$ 36, foto ao lado) do chef Felipe Schaedler, do Banzeiro, um caldo quente de peixe defumado com cogumelos coletados por índios Yanomami e pimenta produzida por mulheres Baniwa  da Terra Indígena Alto Rio Negro
  • O Óleo de Pequi do Povo Kisêdjê do Xingu puxa a farofa do PF Mercadão, do restaurante Rainha, do Mercado Municipal de Pinheiros. Feita com a farinha de mandioca orgânica do Quilombo Porto Velho, no Vale do Ribeira (SP), acompanha filé de saint peter com crosta de pó de cogumelo Yanomami, banana grelhada e arroz branco (R$40)
  • A pimenta é usada para temperar o Tantanmen Shirunashi (R$ 40), ramen sem caldo, mas com molho à base de shoyu, pasta de gergelim e um toque picante de pimenta Baniwa, servido com carne moída de porco picante e chashu em cubo, do recém inaugurado Jojo Lab.
  • A chef Marilia Zylbersztajn escolheu o Mel dos Índios do Xingu para preparar a Torta de mel do Xingu com amendoim (R$ 17, a fatia)com base de massa sucreé, fina camada de chocolate 70% cacau e recheio de mel com amendoim.  
  • O chef Rodrigo Oliveira preparou para o Balaio Café, no IMS, um Bolinho de babaçu com cumaru (R$ 3).
  • Panetone da Floresta (R$ 68, foto ao lado), da chef Fernanda Valdívia, incorpora à base original de brioche com chocolate meio amargo o cumaru das Comunidades Extrativistas do PDS Paraíso, em Alenquer, no Pará, a castanha-do-Pará de comunidades extrativistas da Terra do Meio (PA) e o mel do Xingu. Por cima, casquinha crocante de paçoca Mawkîn, de beiju com castanha-do-Pará, da Terra Indígena Wai Wai, Roraima.

Para mais informações, acesse o  site do ISA.

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