O último gole que eu beberia se fosse morrer agora? Belle Epoque, da Perrier-Jouët

O problema da vida é o referencial: na adolescência, dogão da faculdade é delícia. Depois de um tempo, só vai dogão do St. Louis… Aos 20 anos, bebe-se até vinho doce de caixinha e tá tudo bem. Aos 33, a prateleira da Expand é bem mais atrativa. Até quatro dias atrás,  achava que uma dessas marcas famosonas de champanhe era o máximo. De três dias para cá acho o máximo a Belle Epoque, da Perrier-Jouët. O que faço agora se a garrafa custa R$ 700?!  Preciso ganhar dinheiro. Muito.

A degustação da marca aconteceu no Nonno Ruggero, seguida de um jantar no qual, para mim, a grande estrela foi o risoto de frutos do mar (aiai). Foram provados três rótulos:  Cuvée Grand Brut (R$ 220 a garrafa), Cuvée Blason Rosé (R$ 260) e Belle Epoque. O que todas tem em comum: elegância, pequenas borbulhas, acidez exata (não amarra a língua como tantas) e “secura” ideal. Todas são feitas com uvas Chardonnay, Pinot Noir e Pinot Maeunier, em quantidades diferentes, através de processo completamente manual e secular. Isso, juntamente com o fato de só terem colheitas  em anos que  as condições climáticas são ideais, explica o preço alto.

Diz a lenda que o termo Brut nasceu quando um príncipe inglês, acostumado com champanhes doces, experimentou a Perrier-Jouët (pioneira na fabricação deste tipo de bebida com menos açúcar) e setenciou: “It´s brutal!”. Sabe-se lá se é verdade… O que sei é que a complexidade de aromas de nozes e frutas, a suavidade e as notas carameladas da Belle Epoque me deixaram encantada. Sem contar o lindo design da garrafa, super feminina.

Toda a linha é importada pela Pernod Ricard e está à venda em empórios e delicatessens em SP, Rio e Brasília.

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