Há algumas semanas assisti o documentário americanoFood Inc: faz muito tempo que não ficava tão impactada.
Realizado ao longo de anos por um jornalista investigativo americano, o documentário traça um panorama assustador da maneira como é produzida a comida nos EUA (e, porque não, em várias outras partes do mundo). Milhares e milhares de galinhas geneticamente modificadas, com peitos tão grandes e pesados que não conseguem sequer ficar em pé, sendo criadas em viveiros escuros, atulhadas umas em cima das outras, imersas nos próprios dejetos.
Mães que perderam filhos ainda crianças porque eles apenas comeram um hambúrguer feito com carne de bois entupidos de remédios e hormônios e alimentados com milho modificado que desenvolveram uma bactéria mortal para humanos, a Bovine Escherichia coli O157:H7.
Porcos sendo mortos em câmaras que os “esmagam” em grupos.
Sementes de soja criadas por multinationais para resistirem ao mais forte dos pesticidas.
E isso só para citar ALGUNS dos fatos apresentados. Assustadores. Como diz o criador do filme, a agricultura americana só tem uma lei: “Faster, fatter, bigger and cheaper”
Mas a tragédia não é a base do filme. Muito pelo contrário. Entre os pontos mais importantes mostrados está a necessidade URGENTE de aumentarmos o consumo e a prática de ALIMENTOS ORGÂNICOS. Eles não só fazem bem para o nosso corpo– porque não contém agrotóxicos-, como fazem bem para a continuidade do planeta por serem “confeccionados” de maneira sustentável, sem agredir o meio ambiente. Como disse um produtor de queijo orgânico no documentário: “Está na mão do consumidor o que será da saúde individual e do planeta. Fico feliz em acabar de vender um lote imenso dos meus produtos para o Wall Mart, porque quando uma grande rede como esta precisa colocar tais alimentos em suas gôndolas, é sinal de que a pressão está vindo do consumidor. E isso é uma esperança”.
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