Desde 2012, quando o Jiquitaia era apenas mais um restaurante recém-inaugurado, eu já elogiava efusivamente o trabalho de Marcelo Corrêa Bastos, chef e sócio da casa (ao lado da irmã, Carolina): “O Jiquitaia trabalha com uma fórmula que costuma dar certo mas, infelizmente, é muito pouco usada no Brasil: menu pequeno, cozinha afinada e resultado homogêneo e de qualidade”, “Vou te falar que o Jiquitaia tem tudo pra ser um sucesso duradouro”.
Lá se vão quatro anos da abertura e a casa está cada vez mais cheia, especialmente no almoço. Não só acertei na ‘previsão’, como ele se transformou em um dos restaurantes mais bem falados da cidade.
Agora, o Jiquitaia explora nova seara e entra na onda da valorização da coquetelaria, também com pegada brasileira. Há poucos meses, o andar superior do sobrado no qual se instala ganhou o Bar do Jiquitaia, que tem tudo para repetir o sucesso : bons drinques, ótima comida, ambiente tranquilo, preços razoáveis e clima anti “sommelier de vermute-avaliador de Negroni”. Ou seja: dá para curtir bons coquetéis sem um mar de chatos (um ou outro sempre vai rolar…) emitindo avaliações a cada micro gole.
A famosa caipirinha da casa marca presença, claro, nas versões limão tahiti, caju, acerola, jabuticaba e outras frutas da estação (R$ 22, cada). A cachaça se apresenta em outras composições como no clássico Rabo de Galo com cachaça Serra Limpa e vermute rosso (R$ 25) e no Cachaça Sour (R$ 22).
Há também drinques autorais interessantes e muito bem executados, caso do Jerezana (jerez fino, jerez oloroso, vermute rosso, dry vermute e xarope de cacau; R$ 29), do Insider (sidra de hibisco da Morada Etílica, bourbon, limão tahiti e xarope de hibisco; R$ 22) e do fresquíssimo Detox (gin, xarope de manjericão fresco e limão tahiti; R$ 25).
O conciso menu de comidas, criado por Marcelo,traz Chips de jiló (R$ 6), tacos de pé de porco (que ficaria bem mais equilibrado com menos coentro; R$ 16), Ceviche de chuchu com camarão (R$ 19); porção de delicadas coxinhas de frango caipira (R$ 17), suculento Hambúrguer de porco (montado com tomate fatiado, rúcula e picles de pepino, R$ 25), sensacional Arroz carreteiro (com a crocância da farinha de mandioca e ovo, de gema mole, frito; R$28), entre outros.
O Bar do Jiquitaia já se tornou um dos meus endereços favoritos em São Paulo.
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