10 coisas que não consigo parar de comer

Já que, há uns dias, tornei público meus “poréns” gastronômicos, nada mais justo do que, agora, homenagear minhas paixões. Todos temos uma lista, grande ou pequena, daquelas comidas que simplesmente não consiguimos manter nossos olhos, mãos e bocas longe. Estas são as minhas.

 Lichia: a versão comestível de uma lisa, linda, imaculada e fofa pele de bebê. Fico em êxtase toda vez que a descasco e mordo aquela carninha doce, fresca, que cede gentilmente ao toque do dente. Poderia morar numa árvore de lichia, desde que tivesse tv a cabo e wi-fi. Sou absolutamente viciada. Se um dia, numa feira, você topar com uma pessoa quase escondida atrás de uma pilha de cascas desta fruta, toda babada e descabelada, pode ter certeza que sou eu.

Ovo Mollet: o encorpado creme de cogumelos com toque de trufas misturando-se a geminha mole, de cor vívida, que se esparrama pela boca e contrasta com o crocante da casquinha empanada. Vixe! Indico esses três: Le Jazz, Bottega Bottagallo e Cosí.

Bis congelado: por culpa dos ensinamentos infernais de Carlos Bertolazzi, o chef do Zena, minha TPM agora é abastecida com BIS congelado. Sim, sim, congelado. Ele fica muuuuuito mais crocante e geladinho.

Pistache: me dê um pote, um saco, um contêiner de pistache e me esqueça. Mas tem que ser com casca, porque o que mais curto (além do sabor, óbvio) é o processo de tirar uma por uma e ir amontoando os detritos ao lado. Quando canso, dou algumas  casquinhas para meus gatos brincarem; daí são eles que ficam a noite toda entretidos.

Uva Passa: sem caroço, claro, porque não suporto a sensação de mastigar areia. É a minha substituta para o chocolate quando– como hoje– estou neurótica com meu peso. É deliciosa de enfiar o dente. Também vivo colocando-a em saladas para dar um toque adocicado.

Espagueti ao sugo: molho consistente, feito na hora, com tomate italiano e manjericão. Comfort food absoluta. Lembro da minha avó materna fazendo  a massa, cortando, lavando os tomates, tirando a pele…. Um processo cheio de boas e cheirosas recordações de infância.

Sorvete:  meu doce preferido no mundo conhecido. AMO. Enlouqueço. Me esbaldo. O que é a sensação da massa cremosa, gelada, derretendo na língua e levando seu sabor e temperatura por toda a boca? Delícia!

Pipoca doce de canjica: quem nunca provou não sabe o que está perdendo. Faz crunch, crunch mas é fofa ao mesmo tempo. Hoje não como mais as de saquinho cor-de-rosa, tão comuns na minha infância, mas a adoçada com açúcar orgânico da Okoshi.

Queijo com frutas: minha parte preferida no supermercado? O balcão refrigerado de queijos e a feira. É simplesmente sensacional o sabor pungente e forte do gorgonzola com o toque sedoso do figo; ou uma fatia de chevré com manga; ou brie com pera; ou queijo minas com purê de goiaba… O casamento do doce e salgado, das texturas, dos aromas, é sensacional.

Bolo de cenoura: quanto mais cenoura, mais alto, mais fofo e com calda mais grossa, melhor. Faço um café, corto pedacinhos bem pequenos, coloco num pratinho e finjo que estou no interior, tranquila, sem pressa. Mas o delírio acaba logo. O gosto, fica.

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