O Beach Burger é sucesso no litoral norte de São Paulo, aonde possui duas unidades (Juquehy e Riviera de São Lourenço). Há cerca de um mês, abriu sua primeira filial paulistana em um grande imóvel nos Jardins, quase em frente à Casa Santa Luzia.
Numa cidade em que existe uma hamburgueria a cada meio quarteirão, não é fácil disputar mercado, muito menos conquistar uma parcela dele. O Beach Burger, porém, oferece algo não tão comum assim: qualidade.
São 11 hambúrgueres que incluem os clássicos, de carne bovina, e também opções com proteínas do mar, caso do hambúrguer de salmão (com tomates, picles de pepino, folhas de alface, acompanhado por cream cheese aromatizado, R$ 32), de siri (com tomates, palmito fresco, folhas de alface e maionese de guacamole, R$ 32) e de camarão (com tomates, folhas de alface, maionese golf e vinagrete de manga ao manjericão, R$ 36).
Falando do burger bovino: em minhas três visitas, a carne veio suculenta, fresca, saborosa (o que não encontro facilmente). Os acompanhamentos, que podem parecer exagerados ao ler o menu, mostraram-se equilibrados e bem dosados.
Meu preferido até o momento é o burger do chef, feito de picanha, com tomates frescos, mussarela e mandioquinha palha finíssima, conferindo crocância deliciosa (R$ 29,50). Mais parrudo, o ótimo Hula leva tomates confitados, presunto cru crisp, lascas de parmesão, rúcula e maionese de ervas (R$ 31).
Para quem quer dar um tempo de carne, o Green sand é a opção vegetariana. O burger leva base de trigo e berinjela e vem com tomate confitado, folhas e coalhada temperada (R$ 26). Não deixe de pedir as gostosas roots potatoes (R$ 19), a batata rústica, cortada grossa e com casca, temperada com alecrim, misturada a batatas doces crocantes.
O Beach Burger, por mais que pareça, não é uma lanchonete, é um restaurante. O menu, criado pela chef Ana Soares, é gigantesco e causa até estranheza. Ao meu ver, poderia ser bem enxugado. A variedade é tal que engloba espaguete ao molho de tomate e mussarela de búfala (R$ 32), bisteca de porco grelhada com purê de mandioquinha com banana e couve crocante (R$ 38), Prancha de frutos do mar (R$ 52), estrogonofe de frango (R$ 37), fish and chips (R$ 35) e medalhão de filé mignon ao molho poivre com bacon crocante, batatas rosti e onion rings (R$ 48).
Isso não significa que os pratos sejam mal executados. Não, não são. Apenas carecem de pegada e brilho. Minha paella individual (R$ 48) trazia arroz no ponto, quantidade significativa de lulas e camarões mas pecou pela falta de sal e tempero. Mesmo problema enfrentado pelo farto picadinho de filé mignon (R$ 38).
As massas, produzidas com as receitas do Mesa III (de Ana Soares) pelo chef Osair, que trabalhou muito anos na rotisserie, tem super qualidade, caso do capelacci recheado com brie e alcachofra (R$ 36), que só não estava excelente por conta do molho branco com ervas completamente sem sal.
Para quem vai com intuito de petiscar e beber, recomendo os gostosos canudos de siri em massa philo (R$ 24,80), os mini pasteizinhos de carne com molho de pimenta amarela (R$ 22,50) de fritura perfeita e Trio de minihambúrgueres (com ementhal, cheddar e gorgonzola, R$ 28,50).
“Poréms”: apesar de muito interessantes na carta criadas por Marco De La Roche, os drinques são tristemente mal feitos. Quando às sobremesas…bem, o cheesecake parece mais um pedaço de maria mole coberto por calda de frutas vermelhas e o pudim tinha consistência nem-lá-nem-cá, unindo massa semicompacta e meia dúzia de furinhos.
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