Asian: salsicha, cream cheese, shimeji e gergelim
Felizmente estão surgindo novos formatos de restaurantes/bares/lanchonetes em São Paulo. Seja em kombi, em food trucks ou em barraquinhas, o paulistano está começando a ter acesso a comida boa, feita com ingredientes de qualidade e vendida a preços não surtados. Uma dessas agradáveis novidades é a Doog.
Aqui vale esclarecer: o que penso serem preços surtados? Pizzas a R$ 70, estrogonofes a R$ 80, garrafas de água mineral a R$ 8, queijos quente a R$ 20, hambúrgueres a R$ 40, drinques a R$ 38 – todos eles, infelizmente, comuns no eixo Rio-São Paulo.
Mexican: salsicha bovina e suína, molho de cheddar com jalapeño, guacamole e crisp de nachos. Meu predileto.
Mas é preciso não fazer comparações estapafúrdias. Não dá pra dizer “como um espaguete à bolonhesa custa R$ 35 e o PF da padoca custa R$ 14”? Daí eu pergunto: aonde é a padoca? Porque aluguéis tem valores bem diferentes na Mooca e no Itaim, por exemplo, e este é um item que pesa MUITO no valor final. Outro ponto: que tipo de ingredientes usa a padoca e o restaurante que serve o bolonhesa? Comprar arroz agulhinha no Makro e fritar ovo é uma coisa. Outra é só usar carnes dos melhores frigoríficos, massa italiana, azeite importado. Tem também a mão de obra: o cara da padoca precisa de tanta habilidade e conhecimento quanto o cozinheiro do italiano para exercer sua função? Os salários e encargos são parecidos?
São Paulo está cara, sim. Mas não podemos ficar loucos. É necessário comparar coisas comparáveis.
A barraquinha do Doog
Especializada em cachorro-quentes, a Doog começou em outubro passado como um gracioso carrinho estacionado na Rua Oscar Freire (ela fica até hoje ali, em um espaço coberto ao lado da Pop up Store da Arezzo). No final de 2013 funcionou também em Trancoso. Há pouco mais de 30 dias, abriu um quiosque no Shopping Cidade Jardim, seguindo a mesma linha: apenas hot dogs. Só. Nada de batatas ou cervejas ou… nada. Tem água, refrigerantes e 7 variedades do sanduíche, montados em pão comprido, macio e levemente adocicado (bem do bom), fabricado com exclusividade.
No meio dele, ótima salsicha tipo Frankfurt – que leva mistura de carnes bovina e suína – feita no vapor. Sabor suave, textura perfeita com aquela “pelinha” exterior crocante e interior macio e delicadamente suculento.
Além de saborosa é bem da grandinha. Entre as sugestões, a meu preferido já é o picante Mexican (molho de cheddar com jalapeño, guacamole e crisp de nachos) – babei bonito enquanto comia. As coberturas não vem em quantidade exagerada – e com isso não soterram os sabores do pão e da salsicha.
American: salsicha, cheddar, cebola caramelizada e picles
Meu segundo favorito é o Asian (cream cheese, shimeji e gergelim). Há também American (cheddar, cebola caramelizada e picles), Classic (catchup e mostarda), French (molho de mostarda Dijon), Italian (molho de tomate pelado e Grana Padano) e Trufado (maionese trufada – o que dispenso!).
Para mim, um dos melhores hot dogs da cidade: equilibrado, usa ingredientes de qualidade e não rola aquela montoeira bizarra de acompanhamentos. Simples, bom e prazeroso. Cada um sai, em média, R$ 16.
Doog: Rua Oscar Freire, 1052, de qui. a dom., 12h/20h e Shopping Cidade Jardim (Av. Magalhães de Castro, 12.000).
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