Entre Munique e Berlim, sou mais Munique: acho a capital alemã hype demais pra mim, cheia de gente moderna demais, com festas cool demais. Mas vou dizer: Berlim é vibrante gastronomicamente e tem na comida de rua um de seus pontos fortes. E nenhum outro prato, por mais famoso que se torne, bateu ou baterá (ouso dizer) o sucesso do Curry Wurst (se quiser algumas dicas de Berlin, clique aqui).
E é ele, o Curry Wurst – salsichas banhadas por catchup com curry, acompanhadas de batatas fritas – o carro-chefe do novo Fast Berlin, agradável empreendimento em Pinheiros que traz para São Paulo versões bem feitas das especialidades de rua da capital alemã. Mas a casa oferece muito mais, e com qualidade.
Na lanchonete do alemão Peter Werny, que vive no Brasil há sete anos, o currywurst vem com bem temperado catchup artesanal (R$ 26), boa salsicha a escolha – Kalbsbratwurst, de vitela; Frankfurter, suína; vegetariana, de soja -, pouco curry (pra mim, claro!), maionese e fritas industrializadas. Pena, porque as fritas rústica da casa são ótimas (R$ 16).
Há também Frikadelle (R$ 28), tenras almôndegas de carne suína e bovina ao molho apimentado de páprica com salada de batatas (a versão vegetariana tem almôndegas de lentilha com shitake e cenoura ao molho de mostarda escura); Berlin Dog (R$ 20), montado com salsicha Frankfurter no pão de pretzel, apfel bacon sauerkraut (chucrute da casa com bacon e maçã), batatas fritas e maionese da casa; Kartoffelpuffer (R$ 16), panquecas crocantes de batata com cebola e molho e Bratwurst (R$ 28), duas salsichas assadas com apfel bacon sauerkraut e purê de batatas, entre outros.
Meu prato preferido do Fast Berlin até agora é o Schweinebrötchen (R$ 24). Parrudo, o ótimo sanduíche de costela suína desfiada vem com molho levemente adocicado e cebolas crocantes, num bun de pretzel, acompanhado por batatas fritas da casa.
Por falar em pretzel, ou brezel (R$ 9), o Fast Berlin foi o único local no Brasil que comi um que se assemelha aos alemães na textura e no sabor, apesar de ainda ficar atrás na acidez típica desse pão e ter o recheio macio demais. Vem escoltado por quark, coalhada com bastante endro, ou requeijão.
Às sextas e sábados durante a noite é servido o Crazy Eisbein, coxinha de joelho de porco com sauerkraut e cream chesse (R$ 9), que ainda não consegui provar e estou bem curiosa. Para acompanhar, 30 rótulos de cerveja e chopes Erdinger de trigo (R$ 16, 300ml) e HB, de Munique, (R$ 21, 500 ml).
Sobremesas são apenas duas: Apfelstrudel (R$ 15) e mediano Käsekuchen, cheesecake estilo alemão, bem mais cremoso que o americano, com calda de framboesa (R$ 12).
P.S.: a casa abriu há menos de um mês e, nas duas em que estive por lá, o serviço foi simpático e competente, mas ainda confuso e lento. Tenha paciência ou espere mais um tempo antes de ir.
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