PigNic: neste food truck, o porco é rei (e, milagre!, não tem hambúrguer)

sandubaço da porchetta mais famosa de São Paulo com maionese caseira e rúcula na ciabatta do PigNic

Como já escrevi em outro post, em tantos anos escrevendo sobre gastronomia, conheci profissionais de diversas inclinações: os que se interessam mais pelo dinheiro do que pela cozinha; os que amam a própria imagem acima da profissão; os novatos apaixonados; os que vivem, respiram e transpiram amor por cozinhar.

Nestes mesmos anos cruzei caminhos com cozinheiros que respeito, mas fiz muito poucos amigos – não sou daquelas que acham que amizade é trocar mensagens pelo Facebook. Amizade demanda confiança, construção e, principalmente, tempo. Dos poucos amigos que entraram em minha vida pela porta da profissão está Eliane André, cozinheira que ama seu trabalho de forma incondicional. Que tem prazer em alimentar bem o outro. Que só é feliz de verdade com o fogão aceso.

PigNic, o food truck especializado em carne de porco: sanduíche de calabresa com vinagrete, queijo e maionese artesanal de agrião (R$ 12)

Depois da Peixaria Bar e Venda encerrar bufê de almoço – comandado por Li, como é conhecida -, ela e um de seus filhos, Eric, começaram a trabalhar no projeto de um food truck. Enquanto a licença da prefeitura não saía, Li testava, incessantemente, receitas, pães, molhos. No final do ano, passou uma temporada de dois meses em St. Louis, nos EUA, pesquisando, comendo e pesquisando e comendo. Então, depois de mais de meio ano do início do projeto, o PigNic começou a rodar na semana passada no eixo Pinheiros-Vila Madalena-Itaim.

PigNic

Com menu inteiramente a base de porco, carne pela qual Li é apaixonada, o PigNic é o que todo   food truck deveria ser: serve   comida excelente a preços convidativos.

Sanduíche de suculento pulled pork – carne de porco defumada, assada longamente e desfiada – com picles de pepino artesanal no macio pão australiano

Afinal, qual o ponto de se comer perto de um caminhão, sem conforto e à mercê do tempo, se não forem oferecidas especialidades caprichadas e a preços baixos? Em todo lugar do mundo é assim: food trucks são seguidos por centenas de fãs fiéis porque oferecem algo único em sabor e, se não barato, pelo menos não-caro.

Lasanha à bolonhesa bem temperadíssima e banhada por creme de queijos (R$ 20)

O menu é salivante: sandubaço da porchetta mais famosa de São Paulo com maionese caseira e rúcula na ciabatta (R$ 20), sanduíches de calabresa com vinagrete, queijo e maionese artesanal de agrião (R$ 12) e de pernil (R$ 16), lasanha à bolonhesa  bem temperadíssima, banhada por creme de queijos (R$ 20), escondidinho de porco com purê de mandioca (R$ 20) e sempre um especial do dia a R$ 20.

Na minha visita, o Especial foi um delicioso sanduíche de suculent pulled pork – carne de porco defumada, assada longamente e desfiada – com picles de pepino artesanal no macio e adocicado pão australiano. Difícil achar algo tão gostoso até nas mais caras lanchonetes da cidade.

Menu do dia no PigNIc

Podem aparecer ainda o buraco quente de porco (R$ 16), o sanduba de bacon com salada e ovo mexido na chapa (R$ 12) e o de Cochinita Pibil, assado tradicional mexicano de porco marinado em frutas cítricas (R$ 20).

Bolo de chocolate sem farinha e calda de chocolate: R$ 4

Para adoçar, bolo de chocolate sem farinha com calda de chocolate, Rabanada, arroz doce, pudim de pão ou sagu de coco – são duas opções por dia e qualquer uma delas custa R$ 4.

Por essa comida eu fico na fila – e até espero na garoa.

PigNic: para saber o ponto que o caminhão está estacionado, acesse o facebook deles AQUI