Iogurte grego virou moda: de repente nossos cérebros foram invadidos por propagandas de tv estreladas por mulheres e homens sarados e lindos fazendo gracinhas, em frente ao azul do Mar Egeu, com suas colheres cheias de iogurte (que permanece grudado no talher feito uma ventosa) avelulado, imaculado. Repletos de saúde e alegria. O retrato da paz conjugal e digestiva. Daí você vai todo animado ao supermercado comprar um potinho – azul, claro, pra lembrar a Grécia- e na primeira colherada se depara com uma geleca láctea mega açucarada, entupida de estabilizantes e conservantes. Não, isso não é iogurte grego. Isso é iogurte ruim.
Iogurte grego é, sim, mais cremoso e firme que o tradicional. A razão é simples: diferentemente do comum, que tem muita água proveniente do soro de leite, o grego tem o soro retirado mais vezes- o produto final possui mais proteína e, óbvio, menos água. Para se ter uma idéia, um copo do iogurte regular se faz com um de leite; para o grego, a proporção média é de três de leite para um. O resultado é mais cremoso, rico em proteínas e com menos açúcar, sódio e carboidratos (porém calórico). A qualidade dele depende basicamente da qualidade do leite que serve de matéria-prima. Mas, olha, geralmente cai da colher quando você a vira de ponta-cabeça. E o REAL iogurte grego não leva nem uma pitada de açúcar.
Tudo isso para dizer que, finalmente, temos iogurte grego (que tem esse nome por que a Grécia produz iogurte majoritariamente desta forma) de verdade no Brasil: Delicari. Instalada numa bela lojinha no bairro Vila Nova Conceição, em São Paulo, a Delicari tem seu trunfo justamente no quesito mais importante: leite. Todos os produtos da marca- iogurtes e sorvetes- são produzidos 100% com leite Leitíssimo, o melhor do país.
O leite da Leitíssimo- marca fundada pelo neozelandês Craig Bell- vem de vacas das raças Jersey e Friesian que se alimentam de capim, são criadas soltas em sua fazenda no sudoeste baiano, sem nenhum tipo de antibiótico ou hormônio, além de livres de substâncias carrapaticidas, tuberculose e brucelose. Daí, já viu: leite grosso, gordo no melhor sentido da palavra, cremoso, o mais próximo que temos no Brasil do excelente leite europeu.
Bom, voltando aos iogurtes da Delicari: são produzidos com esse leite. O grego (R$ 3,75 o pote com 170 gramas), para meu deleite, é leite e fermento lácteo. Só. Nada mais. Nadica. Daí você abre o potinho – preto, para proteger o conteúdo da luz- e se depara com o conteúdo cremoso, ácido na medida ideal, equilibrado, natural, com gosto de… leite! Viva! Abaixo o açucaramento vão do mundo.
Além dele, a marca criada pelos sócios Gustavo Succi, Gabriela Borges, Craig Bell e Maurício Amaro vende mais sete sabores (cuja concentração máxima de açúcar é de 5%) e variedade de sorvetes também preparados com Leitíssimo. A linha de iogurtes inclui Caramelo de Bali (leva açúcar da seiva de coco cultivado na Indonésia, R$ 4,50); Mel (R$ 4); Baunilha da Polinésia (R$ 4- piiiirei nesse); Blueberry, também conhecido como mirtilo (R$ 4,50); Framboesa (R$ 4,50); Maracujá (R$ 4); Morango (R$ 4).
Então, os sorvetes são outro capítulo. Todos os sabores – feitos com frutas naturais, sem adição de gorduras vegetais, soro de leite ou conservantes- tem como base o creme inglês (gema de ovo e leite). Tiveram o mesmo efeito sobre mim que os iogurtes: que delícia sentir o sabor do ingrediente! São cremosos mas não a cremosidade de exemplares de vitrine de loja de gelato… ADOREI o de cacau AMMA 100% (R$ 7, pote de 170 gramas) e o de Figo com mel (R$7). Há também Baunilha da Polinésia (R$ 7), Caramelo de Bali (R$ 7,50), Blueberry (R$ 7,50, Morango (R$ 7), Café com leite (R$ 7), Framboesa com chocolate branco (R$7,50).
Ah, claro: dá pra comprar Leitíssimo também.
Delicari: Rua Lourenço de Almeida, 819, Vila Nova Conceição, tel.: 3044-2624
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