O novo Arimbá, da chef Angelita Gonzaga (ex-Garimpos do Interior), tem clima rústico de galpão de fazenda, móveis de madeira escura, belas garrafas coloridas repletas de cachaças infusionadas por frutas e ervas (vendidas a preço médio de R$ 8), mesas comunitárias, pratos de ágata. É aconchegante – ainda mais quando se aspira o aroma do carro-chefe do restaurante sendo preparado na brasa, ali no meio do salão.
A especialidade da casa de comida tropeira e caipira é o Rojão: espetão de 500 gramas de carne suína temperada com especiarias, assado na lenha, que vai à mesa escoltada por molho de maracujá e farofa (R$ 39,90). Mas calma: é apenas uma entrada.
Há muito mais entradas para provar por ali: o crocante Pastel de Angu recheado com queijo e carne (R$ 31,50 porção com 10 unidades), a Matula de galinha (bolinho de galinha com farinha de milho acompanhado por excelente vinagrete de pimenta de cheiro, R$29,50, porção com 10 unidades) e o Curió (mix de linguiças suínas caseiras flambada na cachaça, pão e geleia de maçã; R$ 42, porção para duas pessoas) são algumas delas.
Não sei se já deu para notar, mas o Arimbá não é um restaurante para ir sozinho, de dieta ou com pouca fome: como manda a tradição caipira, a fartura de comida é uma constante. A maior parte dos pratos servem duas pessoas – eu acho que servem três, na boa. É o caso do Matuto (ensopado de feijão manteiga com costela, R$ 42,50), do Carijó (frango guisado passado no fubá, R$ 42,50), do Boi no Arado (chuleta bovina com alecrim frito, farofa e vinagrete de pimenta de cheiro, R$ 42,50), do Arroz Bêbado (toucinho, linguiça caseira de porco, cachaça, couve rasgada e pimenta de cheiro , R$ 39,50) e do Arroz Carreteiro (cubos de charque, cebola, alho e banana da terra, R$ 39,50). Sempre há a possibilidade de pedir meia porção, que sai por 60% do preço cheio.
Provei dois arrozes, ambos bem temperados: o dos Pampas, com fatias finas de contra filé, manteiga, feijão andu, ovos e cubinhos de queijo (R$ 43,50; serve duas pessoas) e o De Cor, com galinha desfiada no molho de urucum, lascas de palmito e ovo mexido (R$39,50; serve duas pessoas).
Aos sábados rola a “Feijoada de galpão” que inclui costela bovina, paio, charque, pé de porco, toucinho, costelinha defumada, bistecas, salada de couve com laranja, farofa e repolho cozido no feijão. Diz-se que o prato de R$ 95 alimenta duas pessoas – pelo que vi, alimenta três, tranquilamente.
Se ainda não estiver em coma depois de tanta comida e das bem preparadas caipirinhas (R$ 18) – sem miséria no tamanho nem na quantidade de cachaça e frutas -, mande ver nos deliciosos churros. Em versão bem brasileira, tem massa de milho e banana da terra e são acompanhados por doce de leite e delicioso e delicado creme de rapadura (R$ 15,50). Querendo algo mais tradicional, vá de Pudim de doce de leite (R$ 14,50) e doce caseiro de abobóra (R$ 14,50).
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