CENTRAL, Lima (fevereiro)
Inesquecível por que… Virgilio Martinez é um dos chefs mais talentosos que conheço. Sua maneira de modernizar os ingredientes peruanos tradicionais é digna de palmas. Menu degustação sensacional, com sabores vivos, criações vibrantes. O Central fica escondido em uma rua tranquila do bairro de Miraflores, um dos mais bacanudos de Lima. Seu salão banhado com muita luz natural tem vista privilegiada para a cozinha aberta, na qual cerca de 15 cozinheiros trabalham em ritmo insano porém calmo- tudo parece estar sempre sob controle. Isso se deve ao comando que tem: Virgilio fala baixo, sem pressa, porque sabe que comidas inesquecíveis não são feitas no sopetão. São, isso sim, fruto de muita dedicação, técnica, trabalho, momentos de ódio mas, acima de tudo, serenidade. Virgilio é o novo grande nome da cozinha peruana, sem sombra de dúvida. Clique aqui para ler o post completo
THE BRESLIN, Nova York (março)
Inesquecível por que… Simplesmente o melhor burger e fritas que comi. Parece pouco, mas não é. Mesmo. Feito com carne de cordeiro, é alto, rosado por dentro, saboroso até não poder mais. Então é colocado no meio do pão caseiro incrivelmente crocante por fora e macio por dentro, coberto por quantidade ideal de ótimo feta e pedaços de cebola roxa. Acompanhando, maionese de cominho e as fritas mais perfeitas do universo: gordas, macias e com crocância extrasensorial. Para finalizar, “sanduíche” frito de pasta de amendoim e banana com massa regada a bourbon. Não é a toa que April Bloomfield é uma das chefs mais festejadas de NY.
ROBERTA SUDBRACK, Rio de Janeiro (abril)
Inesquecível por que… Para mim, no top 2 dos melhores restaurantes do Brasil. Roberta Sudbrack tem o raro dom de transformar ingredientes cotidianos em pequenos milagres, caso deste cordeiro assado com rapadura e acompanhado se praliné de farinha de milho e da sobremesa composta por pele de rapadura, chocolate branco, framboesa e licuri. A cada amuse bouche e prato do menu degustação – não existe a possibilidade de pedir à la carte no RS- fica mais nítida a dedicação, o amor, a intensidade e a alegria da chef pelo que faz. Suas criações, de técnica apuradíssima, são delicadas, surpreendentes, brasileiras em seus ingredientes de uma maneira não bobamente patriota mas sim lindamente gastronômica.
HAWKER CENTER, Cingapura (Julho)
Inesquecível por que… Imagine uma praça de alimentação na qual você encontrasse os MELHORES acarajé, churrasco, coxinha, bolo de rolo, baião-de-dois, arroz doce, feijoada, pudim de leite, moqueca, camarão na moranga, galeto, leitão a pururuca… Ela reuniria cozinheiros com grande experiência – aqueles que fazem qualquer restaurante ter fila- e pratos a, no máximo, R$ 10. O ano inteiro. De terça a domingo. Pois Cingapura tem isso (claro que com os pratos locais!) – aliás, é uma das mais fortes marcas do país. O nome desses paraísos gastronômicos é hawker centre. Não tem guardanapo (leve sempre lencinhos na bolsa) nem ar-condicionado (os que tem se chamam Food Center), mas tem Chicken Rice, Laksa, Chandol, Kway Teoh, Pork Bun… Não tem frescura mas tem sabor. Muito. Muito. Receitas chinesas, indianas, malaias, peranakans… De pirar. Clique aqui para ler o post completo
LUCCA, Ilhas Cayman (outubro)
Inesquecível por que… As Ilhas Cayman são um dos melhores lugares para se comer bem no Caribe. Peixes e frutos do mar fresquíssimos, ingredientes orgânicos em vários restaurantes, visual de matar de enfarto, grandes chefs de todo o mundo. O Lucca é um restaurante italiano serião situado dentro de um condomínio de apartamentos de luxo. A adega é de surtar… A cozinha, clássica com influência local, executa muito bem massas, peixes e carnes. Ah, merece ser mencionado: tremendo custo-benefício. Por cerca de R$ 120 por pessoa por entrada, prato principal e sobremesa. Execução primorosa. Clique aqui para ler o post completo
CLANDESTINO, São Paulo (novembro)
Inesquecível por que… Bel Coelho passou meses pesquisando as receitas, os ingredientes e as lendas referentes as comidas dos orixás do Candomblé. Então, criou um menu degustação para seus jantares semanais, chamados de Clandestino, baseado nelas. O que dizer? Criativo, delicioso, lindo, intenso, apaixonante. Para mim, o melhor de Bel Coelho. O jantar começa com quadradinho de cupim em crosta de farinha de mandioca com dendê, geléia de mel e Cachaça e ar de fumo, para Exu; emenda em um pirante bombom de sarapatel (fantástico) com jabuticaba e broto de agrião, para Nanã; segue-se de delicadeza para Ogum, composto por acarajé de feijão preto com paio, costela de porco, couve, vinagrete e laranja… E isso é, mesmo, só o começo.
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