Inaugurado em setembro de 2011, rapidamente o Ban se tornou o reduto dos amantes da tradicional gastronomia japonesa. Aquela de qualidade, não rodízios com hot-roll de goiabada e yakissoba com camarão congelado. A maioria dos meus amigos tarados por sushi (que rodam São Paulo atrás do mais incrível, leve, perfeito, lindo, saboroso), derretem-se de elogios ao Ban, casa do cozinheiro Massanobu Haragushi, ex-Miyabi e marido de Dona Margarida, cozinheira e proprietária de outro estabelecimento consagrado, o Izakaya Issa, no mesmo bairro.
Minha maior tara gastronômica na Terra é comida tailandesa (pretendo ir para lá este ano e fazer uma bela de uma incursão). Nunca fui daquelas pessoas de ter abstinência de peixe cru. Ou seja: gosto de comida japonesa, mas não me esfaqueio por um sashimi. Para ser sincera, o que me encanta na culinária daquele país são os pratos quentes: teppanyaki, nabeyaki udon, yosenabe, sukiyaki, tonkatsu… Tudo isso para dizer que o que mais curti no Ban é que, sim, os sushis são sensacionais, mas a comida quente é ainda melhor. Tanto que já estive lá três vezes só para devorar o Tonkatsu, tesudo empanado japonês de carne suína, acompanhado de salada, arroz, missoshiro e frutas, absolutamente de outro universo (R$ 30). A versão com curry japonês -um molho denso, adocicado e soberbo- custa R$ 34.
Então, hoje almocei no Ban novamente. E novamente rolou Tonkatsu. Mas para não dizer que sou monotemática, pedi para o simpático e eficientíssimo sushiman preparar cinco peças de sushi com o que ele achasse melhor e mais fresco. Dez minutos depois, foi colocado na minha frente montinhos de arroz leeeevemente morno e absolutamente tenro cobertos por: atum (R$ 8 a unidade), garoupa (R$ 7 a unidade), tainha (R$ 7 a unidade), peixe serra (R$ 7 a unidade) e um gunkanmaki de ovas de salmão (R$ 10 a unidade). Ah, não vem wasabi porque ele parte do princípio que a quantidade que ELE coloca no sushi é a ideal e que não há necessidade debesuntar até chorar como se tivesse saído de um documentário sobre os bebês-foca. Mas se você for teimoso, peça.
Se preferir combinados, o A traz 9 sashimis, 5 niguiris, 2 makimonos (enrolados com nori por fora) e sai por R$ 70; o b custa R$ 130 e tem 17 sashimis, 9 niguiris e 10 makimono.
Putsa qualidade. Mesmo. É isso que eles vendem, tanto que seu salão simples é frequentado, majoritariamente, por japoneses.
Na próxima vou provar o famoso nabeyaki udon de Haragushi, um bowl de tudo o que gosto: caldo de peixe misturado a shoyus claro e escuro, alga, shiitake, udon fresco, massa de peixe, cebolinha, frango, ovo e tempurá de camarão.
Ban: R. Thomaz Gonzaga, 20, Liberdade, tel.: 3341-7748
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