Viviane Gonçalves, chef do Chef Vivi, foi uma das primeiras a implementar menu diário em casas gastronômicas de São Paulo, em 2012. Sim, troca o cardápio TODOS OS DIAS.
Isso tem uma razão simples: desejo de oferecer o que há de mais fresco, de trabalhar com ingredientes sazonais no auge do seu sabor. Além disso, prioriza os orgânicos, fato bem importante pra mim.
Não é nada sustentável ter o mesmo menu o ano todo: apesar de esquecermos disso, os insumos vegetais tem temporada. Quando fora da temporada, além de ficarem com sabor comprometido, precisam de muito mais água, agrotóxico (na imensa maioria da produção) e tempo de estufa pra chegar ao nosso prato minimamente “comíveis”.
Não deveria ser normal encontrar quiabo o ano todo.
Não deveria ser normal importamos maçã do outro lado do mundo sendo que temos uma das maiores biodiversidades do planeta.
Não deveria ser normal acharmos ok comer salada de rúcula, alface americana e tomate mês após mês.
Posto isso: o Chef Vivi é dos meus lugares favoritos em São Paulo: além da preocupação global com o alimento, tem comida danada de linda, bem temperada e cheirosa. Tremendo restaurante, MUITO menos conhecido do que merece.
Vivi trabalha vegetais como poucos cozinheiros: em suas mãos, eles ganham mais cor, mais textura, mais sabor. São íntegros, vivos. Não à toa fico bem feliz quando encontro por lá um dos pratos que mais gosto, o quadrado de polenta cremosa por dentro/crocante por fora (feita com milho moído na pedra), cogumelos e legumes salteados, creme de parmesão e lascas do mesmo queijo. Um acinte de bom. Simples, reconfortante, executado com primor.
O menu executivo de almoço custa R$ 63 (entrada, prato e sobremesa) ou R$ 58 (prato e sobremesa). No jantar, o valor fica um pouco acima, em torno de R$ 100 por pessoa.
Chef Vivi é um restaurante com alma, propósito e excelente comida: a melhor combinação possível.
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