Velha conhecida dos paulistanos, a culinária italiana sempre tem espaço por aqui: reconfortante, tem sabores fáceis de assimilar e está profundamente enraizada na cultura da cidade. O mais novo representante da cozinha italiana é o Grecco Cucina e Bar, em Pinheiros.
Os sócios, o chef Felipe Grecco e o sommelier Rafael Goulart, focam na rusticidade, tanto na cozinha quanto no salão (muita madeira escura e ferro), em receitas fartas e na produção própria de diversos ingredientes, provenientes do sítio do chef. Dali vem os embutidos, além de legumes e verduras usados para os picles, chutneys e molhos.
O restaurante ainda é novo e tem pontos a acertar – caso das sobremesas pesadonas (os sócios já contrataram um consultor de confeitaria, que começará em breve as mudanças)-, mas já oferece boa comida campesina, caso dos quadrados de polenta chapeados e cobertos por ragu de vegetais, bolonhesa, gorgonzola dolce ou cogumelos (R$ 32) e do carbonara com ovo caipira e guanciale defumado crocante (R$ 55).
Durante a semana, o menu executivo (entrada, prato e sobremesa) custa R$ 49. As opções variam constantemente – a casa pretende praticar a sazonalidade no cardápio, dando preferência a insumos da estação – e podem incluir ceviche de cavaquinha com limão caipira e milanesa suína com salada russa de abóbora.
São 26 sugestões à la carte, praticamente todas com carne. As exceções ficam por conta do fettuccine produzido apenas com farinha de grão bico e coberto por ragu de cogumelos (R$ 52, ainda peca na textura levemente quebradiça da massa), do farto tonarelli da casa ao pomodoro e burrata (R$49) e do caccio e pepe, com o ótimo queijo Tulha (R$ 49).
Para quem curte carnão, está favorável: tábua de embutidos e curados artesanais (copa lombo, barriga defumada, conserva de fruta e gnocco frito; R$ 49), codornas picantes (R$ 39), Battuto de pato caipira com picles, alcaparras e tomate assado (R$ 47), porchetta com risoto de limão siciliano (R$ 59) e Costela bovina com abóbora caramelizada (R$ 62), entre outros.
Um dos melhores pratos que provei no Grecco, contudo, é bem vegetal: Betecabrita. A salada, ideal para ser compartilhada por seu tamanho avantajado, vem com cubos de beterraba assada na brasa e, para aportar acidez, picles de beterraba. Sobre finalizar, queijo de cabra cremoso, raspas de limão e azeite temperado (R$ 35).
A carta de vinhos oferece bons rótulos naturais e biodinâmicos – além de convencionais, claro – em garrafas e taças. Se você for do destilado, os coquetéis são caprichados. O Minha Pequena Erva, que traz cachaça Tiê, erva mate, laranja e mel (R$ 18), é surpreendentemente refrescante.
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