Adoro comida árabe, mas tem coisa mais chata do que paulistano achar que ela se resume a trilogia batida esfiha-coalhada-quibe? Por isso curti quando, há dois anos, o Kebab Salonu abriu suas portas com um jeito, até então inédito aqui, de mergulhar na gastronomia do oriente médio. E parece que negócio de misturar casa de chá turco (com uma carta imensa de chás, cafés especiais, lassis e sharbats) e kebaberia deu tão certo que eles acabaram de aumentar o salão e dar um belo upgrade no cardápio. Ficou ainda mais interessante.
Além da famosa carne/frango/peixe grelhados no espeto, no almoço e no jantar dá para experimentar criações mais refinadas da Turquia, Síria, Líbano e Irã. No almoço, por exemplo, você pode pedir o menu executivo (de R$ 24,90 a R$ 29) ou o novo de cinco etapas (R$ 29,90). Este último é mais interessante: eu pedi salada de folhas verdes com vinagrete de romã, quibe de mandioquinha com espeto de robalo ao molho taratour e chá do dia. Dispensei a sobremesa, sorvete de creme, porque não vejo muito graça em ir a um árabe e tomar algo que compro quilos em casa… Mas tomei o expresso bem tirado.
No jantar, o restaurante tem outro menu, mais elaborado, com várias opções do tradicional kebab enrolado em pão lavosh ou yufka. A diferença? O primeiro tem sabor mais marcante e deve ser servido com ingredientes mais fortes; o segundo, com gosto suave, é mais neutro. Uma combinação feliz com o lavosh é Tel Aviv (frango ao curry, fritas dentro, coalhada seca, citronete de limão, tomate, cebola e folhas, R$ 20).
Um conselho de amiga: experimente o quibe. Macio, sequinho, é preparado com carne de cordeiro, o que dá um gosto bem especial.
O cardápio é beeeeem grande. Então, dê uma boa olhada antes de pedir. Caso a fome aperte antes, peça os mezzes (entradinhas), ótimas para beliscar. O falafel é divino (5 unidades, R$ 9).
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