Atualmente, minha salada favorita: beterraba assada, ricota defumada, cranberry, espinafre e pistache (R$ 32, meia; R$ 48, inteira)
Este é o ano da expansão do Maní: menos de 4 meses após ter inaugurado a Padoca do Mani (leia crítica aqui), Daniel Redondo e Helena Rizzo abrem o Manioca, um combinado de café e restaurante, dentro do shopping Iguatemi.
Nos fundos da Livraria Cultura, o Manioca Iguatemi impacta já na entrada: pé direito alto, abundância de plantas e luz natural, muita madeira claras e vidro, almofadas de crochê. Lindo. Outra coisa que se nota rapidinho: as filas. Chegou depois das 12hs? Provavelmente encarará cerca de 40 minutos de espera – chatice minimizada pelo café Manioca, uma espécie de antessala do restaurante, que fica aberto durante todo o dia.
Excelente e caro Burger na brasa com gruyére, tomate confitado, rúcula, maionese de bacon e fritas (R$ 41)
As opções são uma mistura dos petiscos do Maní com o menu da Padoca: crocantes bolinhos de quinoa com curry e ótima geleia de aipo (R$ 32), ovo perfeito com espuma de pupunha (R$ 30), Bolinhos de tapioca com carne seca e requeijão (R$ 28), Salada 10 grãos com abóbora, tomate, frango e hortelã (R$ 37, meia; R$ 50, inteira), Queijo quente (R$ 14), Cuca, quindim e bolo do dia (R$ 7, cada) e boas empadinhas (R$ 7).
Mas a vedete, porém, é o ótimo burger na brasa com gruyére, tomate confitado, rúcula e maionese de bacon, abraçado por macio pão de mandioca e acompanhado por bem feitíssimas fritas rústicas ao alecrim. Preço? R$ 41
Empadinhas: delicadas, amanteigadas, bem recheadas
O salão principal, que abre para almoços e jantares, tem cozinha sob comando do chef Marcelo Almeida, desde 2008 no Maní. De serviço mais informal – jogos americanos em vez de toalhas; guardanapos de papel e não de tecido -, o restaurante oferece cozinha brasileira moderna, autoral mas sem excesso de firulas, com técnicas precisas e uso abundante de ingredientes orgânicos, legumes, verduras, frutas. Frescor, enfim.
Para começar: o couvert é composto pelo famosíssimo biscoito de polvilho do Maní, coalhada seca e requeijão orgânico e sai R$ 12 por pessoa.
No cardápio do bar – que não fecha durante as rrefeições – Bolinho de quinoa com curry e geleia de aipo (R$ 32)
Recomendo vivamente a salada que já se tornou a minha preferida na cidade: gordas e tenras fatias de beterraba assada, cremosa ricota defumada, cranberry, espinafre e pistache (R$ 32, meia; R$ 48, inteira).
Salão do Manioca Iguatemi
Há também Torta de pupunha com salada de folhas (R$ 31), Arroz de polvo (R$ 61), Peixe do dia na brasa com tomate confitado, farofa de banana e arroz basmati (R$ 52) e Carne de panela com legumes grelhados (R$ 47) – todas as carnes e peixes são finalizados no forno a carvão Josper.
Bobó do Maní: não espere a versão tradicional do famoso prato baiano…
O Bobó do Maní (R$ 68) pode surpreender negativamente quem espera o prato típico da culinária baiana. Ali estão praticamente todos os itens que compõe a receita – aipim e leite de coco na forma de delicada velouté, camarão e coentro. Porém, este bobó vem regado por caldo e fatias de cogumelos.
Bolo de chocolate super leve entremeado por brigadeiro cremoso e acompanhado por uma bola de sorvete de leite ninho (R$ 23)
Para finalizar, mesmo O Ovo, a sobremesa mais aclamada do menu do Maní (espuma de coco, sorvete de gemana e coquinhos crocante, R$ 28) ser também servida no Manioca, cogite seriamente pedir um dos bolos mais tesudos da cidade: duas camadas de bolo de chocolate leve e macio entremeadas por brigadeiro cremoso e acompanhadas por uma bola de sorvete de leite ninho (R$ 23). Triste não servir nenhum bom café brasileiro.
O Manioca é excelente mas nada, nada barato. Mas sejamos sensatos: casa de dupla de chefs famosos, dentro do Shopping Iguatemi, teria alguma chance de ser?
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