Há alguns meses rodo São Paulo em busca do melhor estrogonofe. Sei lá porque, cismei com esse prato um dia tão famoso e hoje considerado bregalhão e decadente. Eu não to nem aí. Adoro a carne macia mergulhada no molho cremoso e levemente ácido de mostarda, manteiga, tomate e creme de leite; adoro mais ainda misturar os pedacinhos de champignon no arroz branco fresquinho e encher o mesmo garfo de batata palha crocante. Estrogonofe é comida para quem não tem medo de caloria nem segue modinha gastronômica pra pagar de bonitão perante os amigos.
Pois bem: depois de ir a mais de uma dezena de restaurantes e bares que servem o prato, percebi que não tem pra ninguém. Mesmo. O melhor estrogonofe, mais encorpado, mais cremosão, mais saboroso, é mesmo o do velho (no bom sentido!) Freddy. A casa, que existe desde 1935, serve a versão clássica do prato: nada de catchup, flambado no conhaque, acompanhado de sensacionais batatas palha feitas na casa. Tudo servido direto na mesa, num estilo bem old school: os garçons trazem as travessam de inox cheinhas e, com a ajuda de duas colheres, vão enchendo o prato dos comensais. A porção é gigante– parece que dá pra nadar na travessa do estrogonofe—, por isso aconselho pedir uma para duas pessoas. Custa R$ 55 e não consta do cardápio– mas eles fazem todos os dias, tanto no almoço quanto no jantar. É só pedir.
ESTROGONOFE DE FILÉ MIGNON
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