Conheci o hoje famoso e bem sucedido Rodolfo De Santis há sete anos, quando ele estava a frente do já extinto Domenico, nos Jardins. O ainda tímido cozinheiro chamou minha atenção por preparar clássicos de maneira primorosa (recordo que o spaghetti con le sarde que comi ali foi um dos melhores ever), sem fazer muito esforço para isso: era natural.
Com o fechamento tumultuado e repentino do Domenico, Rodolfo se viu sem trabalho e estava preparando-se para deixar o Brasil (se não me engano, iria para a Rússia). Então, recomendei-o para um amigo que procurava um chef para a Tappo Trattoria. Rodolfo conseguiu o emprego – e sua vida mudou. Foi lá que conheceu um de seus atuais sócios e começou a caminhada para se tornar o restaurateur mais famoso de São Paulo, a frente de um grupo de restaurantes sempre lotados que, juntos, faturam cerca de 5 milhões de reais ao mês.
Um desses restaurantes é o novo Peppino, cantina que funciona no endereço do Peppino Bar, fechado no ano passado. A Peppino é a casa mais “em conta” de Rodolfo, com pratos que custam entre R$ 38 e R$ 72. Também é a mais informal: o menu é conciso no número de ofertas e simples nos ingredientes e preparos.
São seis entradas para compartilhar, seis variedades de massas frescas preparadas na casa (cada uma com duas opções de molh0), um prato especial por dia da semana e quatro sobremesas. Cumpre bem o papel de servir comida italiana cotidiana bem feita.
Entre as entradas, Burrata e verdura (R$ 38), salada caprese (R$ 38), Carpaccio (R$ 48) e Bruschetta da casa (R$ 38), montada com focaccia assada no forno a lenha, molho rústico de tomate e burrata.
Os principais focam nas pastas. Pode-se escolher entre fusilli (ao sugo de bracciola ou amatriciana; R$ 43, cada), tagliolini (bolonhesa ou pomodoro, R$ 38, cada), tortelli (creme, prosciutto e ervilha ou cogumelos; R$ 44, cada), cavatelli (ragú de linguiça ou alla norma; R$ 42, cada), gnocchi (tomate e mozzarella ou quatro queijos; R$42, cada) e fettuccine (ragú de vitella ou alfredo; R$44, cada). Servidas em simpáticas e cênicas frigideiras de alumínio, as massas tem bom ponto de cozimento e tempero suave, fácil de agradar.
Os pratos do dia incluem Carbonara Sbagliata (com creme de parmesão no lugar do pecorino, R$ 52), às quartas, e spaghetti com tinta de lula e camarão no alho (R$ 72), às sextas.
Clássico dos clássicos, o Tiramisu da casa (R$ 28) vem bem umedecido em café e serve, tranquilamente, duas pessoas.
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