Picchi: a nova empreitada de Pier Paolo

Um dos melhores gnocchi da cidade, feito com batata Asterix assada funghi porcini fresco e queijo meia cura de ovelha (R$ 56)

Um dos melhores gnocchi da cidade, feito com batata Asterix assada funghi porcini fresco e queijo meia cura de ovelha (R$ 56)

Contando este novo empreendimento, o chef Pier Paolo já tem três restaurantes Picchi no currículo. O primeiro ocupava o endereço de onde atualmente se encontra o Tian – fechou por falta de movimento. O segundo e terceiro (dois em um por que, no meio do caminho, a casa passou por um “extreme makover”) ficavam em um grande e nada charmoso imóvel na Vila Nova Conceição, num trecho meio desértico do bairro.

Cascas de batatas fritas: tremenda delícia que aparece de vez em quando nas mesas do novo Picchi

Cascas de batatas fritas: tremenda delícia que aparece de vez em quando nas mesas do novo Picchi

Agora parece que todos os itens estão alinhados: o ponto é movimentado (na rua Oscar Freire, ao lado de um hotel cujos proprietários são sócios do chef), o salão é agradável e a cozinha de Pier Paolo continua clássica e muitíssimo bem executada. Que este Picchi tenha vida longa.
Salão do Picchi

Salão do Picchi

Todos os dias, os pães e massas servidos são fabricados ali. No couvert (R$ 7; R$ 15 no jantar), prove o pão de chocolate amargo com castanhas e a focaccia. Mas torça, muito, para poder começar sua refeição com as douradas cascas de batatas fritas, que não estão no menu mas sempre dão o ar da graça. Pessoalmente, sempre gostei mais delas do que das batatas em si…

Tagliatta de filé com espinafre, radicchio e escarolas refogados

Tagliatta de filé com espinafre, radicchio e escarolas refogados

Acetinada, a polenta mole vem coroada por bom gorgonzola e pancetta crocante (R$ 31) e é servida num pote térmico usado, coisa rara!, com a função de mantê-la aquecida e o queijo, derretido, até chegar ao comensal. Em geral, restaurantes usam potes apenas como recurso estético meio bobinho.

Entrada: polenta mole vem coroada por bom gorgonzola e pancetta crocante

Entrada: polenta mole vem coroada por bom gorgonzola e pancetta crocante

Entre as entradas há ainda Bacalhau desfiado mantecato com batatas, servido com passata de tomates frescos (R$ 29) e Carpaccio de carne cruda, Grana Padano e azeite (R$ 29)

Queijadinha com sorvete de coco

Queijadinha com sorvete de coco

Excelente, macio – porém sem desmanchar sob o calor do molho-, o Gnocchi leva batata Asterix assada, em vez de cozida, funghi porcini fresco e queijo de ovelha meia cura (R$ 56). Daqueles de bater palmas pela textura e cozimentos magistrais. Já é um dos meus nhoques preferidos na cidade.

Prato que acompanha Pier Paolo, e que gosto bastante, continua ali: Pici – massa artesanal típica da Toscana – com molho de linguiça calabresa, feijão branco e peperoncino (R$ 41). Massa artesanal, mas esta vinda da Sardenha, a fregola, escolta o Ossobuco alla ao açafrão e funghi (R$ 57). Mas se você quer comer carne suculenta, daquelas de encher a boca d’água só de olhar, vá de Tagliata de filé com espinafre, radicchio e escarolas refogados (R$ 58).

Um dos melhores Tiramisu de São Paulo

Um dos melhores Tiramisu de São Paulo

Como sempre, matei feliz o Tiramisu Picchi (R$ 23) na sobremesa. Café na medida certa, mascarpone levíssimo em camadas macias nas quais a colher dança, farto. Preferindo sabores mais brasileiros, a pequena e saborosa queijadinha, servida com sorvete de coco (R$ 23) e o Arroz doce arbório com cumaru (R$ 23) são belas opções.

Picchi: Rua Oscar Freire, 533, Jardins, tel.: 3065-5560

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