E bons restaurantes de comida brasileira, a preços convidativos, continuam sendo inaugurados pela cidade. Ainda bem: pecisamos mesmo valorizar mais nossa gastronomia, um de nossos grandes tesouros.
Há cerca de quatro meses, o chef Gustavo Rodrigues transformou uma casinha no Tatuapé no gracioso Quibebe (o nome do restaurante faz menção ao ‘purê’ de abóbora, comum em diversas regiões do país). Ali, é possível comer pratos reconfortantes e cotidianos da cozinha brasileira, com delicioso tempero e evidente técnica. Aquela velha e boa união da simplicidade com talento…
Comece com o croquete que leva o nome da casa. Farto, de fritura perfeita, leva abóbora assada, carne seca e queijo coalho (R$ 8, unidade) e vai muito bem com a deliciosa pimenta produzida no restaurante. Entre as entradas, o Cuscuz de farinha de milho com legumes (R$ 12) carece de sabor, coisa que não falta no Caldinho de camarão com pimenta de cheiro (R$ 8).
Os valores dos pratos principais oscilam entre R$34 e R$49 (camarões na brasa com vegetais, somente aos domingos) e incluem moqueca caiçara com peixe do dia (R$ 39), ótimo Arroz de galinha caipira com quiabo e gema curada (R$ 34), suculenta rabada com agrião e mil folhas amanteigado de mandioca (R$ 34), palmito fresco assado com canjiquinha cremosa (R$ 34) e feijão vermelho com legumes e linguiça de bragança (R$ 39, somente aos sábados), entre outros.
As sobremesas são um ponto alto no Quibebe. Elegantes, tem açúcar bem dosado e sabores equilibrados. O pudim de doce de leite (R$ 10), dos mais sutis que já provei, tem dulçor belamente comedido. Ao lado, para ir adoçando aos poucos e a gosto, uma colherzinha cheia de doce de leite cremoso. Minha preferida, porém, foi a Torta Celestial (R$ 12), espécie de ‘brownie’- beeeem menos gorduroso – de amendoim e chocolate, servido com chantilly batido na hora. Não deixei nem uma migalha pra contar história.
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