ESTABELECIMENTO FECHADO
Não é doceria. Não é padaria. Não é bistrô. É tudo.
Novo empreendimento dos sócios do Le Marais, o St. Honoré é um lugar para você tomar café-da-manhã com pães caseiros, geléias feitas no dia, ovos mexidos deliciosos, bolos altos e fofos. Também pode ser para almoçar tartines, saladas, sanduíches e pratos de bistrô, tomar um chá da tarde ou jantar um belo entrecote ao café com batatas fritas (R$ 52) ou uma pescada amarela com tagliatelle de azeitonas pretas (R$ 50), entre outros pratos do menu criado pelo talentosíssimo chef Wagner Resende (que continua no Le Marais, mas agora se divide entre as casas).
Ou seja: a St. Honoré é para comer o dia inteiro. Como fui tomar café da manhã, vou precisar voltar lá para provar as criações de Wagner, o que fica para outro post. Neste, vou me ater a montanha de comidinhas deliciosas que provei das 11h30 à 13h30 de um sábado nublado.
Existem três opções de desjejum: a Basique (bebida quente, suco de laranja, pão de queijo, pão le marais, manteiga, R$ 16), a St. Honoré (bebida quente, suco de laranja, pão de queijo, pão le marais, manteiga, salada de frutas, geléia, iogurte caseiro, queijo branco, presunto royale, R$ 25) e a Bio (bebida quente, suco de laranja, pão de queijo, pão le marais, manteiga, salada de frutas, geléia, queijo branco, R$ 30). Espertinha, fiz meu namorado pedir a St. Honoré, enquanto eu escolhia mais coisas.
Um aviso: O MELHOR PÃO DE QUEIJO DA CIDADE (R$ 3). Sério. A chef Amanda Lopes, responsável pela confeitaria e pelos pães, conseguiu fazer milagres com queijo meia cura e polvilho: casquinha crocante sem ser quebradiça, interior consistente, ligeiramente puxa-puxa, com o sabor salgadinho do queijo explodindo na boca. Ah, sim, coma o iogurte caseiro, levíssimo, com geléia de morango ao fundo.
Olhei pra ele, ele olhou pra mim e nasceu um novo amor: ovo mexido com bacon (R$ 11). Ovo molhadinho, amarelinho, suculento, com pedaços minúsculo de ótimo bacon (ou seja, muito mais carne do que gordura), que eu acompanhei com um pão fofinho e adocicado de leite (R$ 3,50). Embalei. Mandei um docinho pra equilibrar: pain au chocolat maravilhosamente amanteigado com recheio de chocolate meio amargo molinho (R$ 5)– dá vontade de entrar na massa e comer por dentro, de tão bom.
Já estava quase desfalacendo de tanto comer, mas Amanda disse que eu precisava provar o palmier (R$ 5). Precisava. Bom, sendo assim, vamos lá. Minha primeira mordida na massa absolutamente crocante já me fez constatar: um dos melhores palmier da minha vida. Sensacional. Viciante. E ainda rolou um brioche recheado com geléia de morango e baunilha, um incrível bolo chifon com baba da moça… Uma das coisas que mais me impressiona, tanto no Le Marais como na St. Honoré, é a quantidade de itens que fabricam na casa, com qualidade tremenda– todas as massas, pães, doces, geléias…
Daí, olhei pra vitrine de doces individuais. Lindos, coloridos, perfeitos. E também os macarons. Jizuis. o que fazer? Levar pra casa, claro! Então, uma lista do que você tem que provar: éclair de abóbora, tarte tatin, quindim, o doce de coco com abacaxi (quem tem o exterior de cor de mamão papaia), o macaron de limão siciliano, a bala de goma.
Minha manhã foi longa e prazerosa. Mas minha tarde foi exteeeeeeeeeensa e cansativa: mais de uma hora em cima da esteira tentando queimar, pelo menos, uma mordida do pain au chocolat. Mas quem disse que a vida é só alegria, não é?
St. Honoré: Rua Pais de Araújo, 185, Itaim Bibi, tel: 3071 2932
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