ATUALIZADO EM 20/04: O chef Pascal Valero não está mais no restaurante
O cozinheiro francês Pascal Valero ficou um tempo longe dos olhos do público: após sair do Kaá, passou dois anos como chef executivo das redes NBSteak e, depois, Maremonti, nas quais trabalhava nos bastidores.
Há meses, saiu do grupo para dedicar-se à sua empreitada pessoal. Com o respaldo de um investidor, Pascal acaba de inaugurar o Valero, no Jóquei Club de São Paulo, que passa por um processo de revitalização. A casa fica numa bela área de frente para as pistas de corrida, ocupada por anos pelo Bistrô Charlô.
O menu é uma mistura de classicões italianos e franceses. Sem arroubos de criatividade nem voos autorais, o intuito ali é prestar serviço atencioso e alimentar bem quem procura um lugar calmo, bonito, isolado, absolutamente relaxante – e bem no meio da cidade – para almoçar.
Por falar em almoço, este é o único serviço para o qual a casa abre (jantares são reservados a eventos). O menu executivo custa R$ 65- entrada e prato – e também é possível pedir à la carte. Não há grandes diferenças entre os dois, apenas menos opções no primeiro.
As entradas incluem carpaccio de filé mignon com salada verde e lascas de parmesão (R$ 33), delicado Ceviche de peixe do dia com limão siciliano e maçã verde (R$ 34), Camembert assado com geleia de mirtilo (R$ 29), equilibrado Steak Tartar com salada verde e fritas, que esqueceram de colocar no meu prato (R$ 33, pequeno; R$ 48, grande).
Os principais trazem Risotos de aspargos com brie e parma (R$ 52) e de frutos do mar (R$ 68), Ravióli de brie na manteiga e sálvia com geleia de damasco (R$ 47), Pernil de vitelo assado com molho de cogumelos (R$ 52) e Coxa de pato confit com batata sauté (R$ 75).
O peixe do momento (no dia, pescada amarela) tem posta de cocção perfeita banhada com molho de vermouth e lagostim e cavatelli tão minúsculos que mais pareciam grãos de cevada (R$ 64).
Os enlouquecidos por carbonara podem ter um pequeno derrame ao deparar com o espaguete coroado por ovo mole e envolto por creme de leite e cebola caramelizada (R$ 52). Tradições quebradas à parte, é justo dizer: prato muito saboroso.
Finalize com um mais delicados e crocantes Mil folhas da cidade (R$ 20). Só não leve à sério a descrição ‘mil folhas de frutas vermelhas’ : elas existem apenas ao lado do doce e são completamente dispensáveis.
Procurando o que fazer aos finais de semana? Voltaram a acontecer por lá os tradicionais brunchs (R$ 95/pessoa).
Como sempre gostei demais de ter refeições tranquilas e sonhadoras no Jóquei – escapar do caos é preciso -, fiquei grata pelo retorno do espaço.
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