Sempre que vou ao Torero Valeseredescubro porque gosto de lá: comida boa e ótima para dividir com amigos durante horas (tomando uma jarra de sangria, de preferência), ambiente tranquilo, preços bacanas e chef figuraça. Todos esses quesitos ficaram ainda mais legais depois que o chef-proprietário, Juliano Valese, criou um balcão de degustação de tapas que funciona apenas no jantar de quinta à sábado.
Semana passada, Juliano começou com pão com tomate (um clássico espanhol) e jamón Pata Negra, enquanto finalizava o potente ceviche de peixe branco em tinta de lula. Depois, um pulinho em Portugal: caldo verde com chourizo fresco (o toque espanhol entrou aqui). Então foi a vez do atum selado com flor de sal acompanhado de fígado de pato, também selado (mais gorduroso que o foie gras, tem sabor mais adocicado e textura mais firme).
Na sequência, pão com finas fatias de um gostoso rosbife de filé mignon coberto por ovas de peixe voador e creme azedo (parece estranho? Coma. A crocância e sal das ovas contrastam belamente com a carne tenra).
Tomei uns goles de vinho tinto do Alentejo— os rótulos do Torero tem bom custo-benefício– e fui para o maciíssimo fundo de alcachofra salteado e recheado com queijo de cabra e lascas de amêndoas que foi emendado em um gostoso creme de açafrão com pato confit coberto com redução de Porto e Jerez. Para terminar, pão coberto com polvo e tomate salteados e coroados por crisps de alho poró.
Como se ainda aguentasse comer, Juliano coloca na minha frente um prato com sorvete de creme e churros caseiros com três tipos de calda…
Toda essa comilança sai por R$ 75 com uma taça de cava Freixenet– e só rola com reserva antecipada. Ah, sim: se você tiver algum tipo de restrição (eu, por exemplo, odeio ostra) é só avisar o chef que ele cria outra tapa com ingredientes que você goste mais.
Torero Valese: Av. Horácio Lafer, 638, Itaim Bibi , tel: 3168-7917
Comente
Seja bem-vindo, sua opinião é importante. Comentários ofensivos serão reprovados