Sou apaixonada por cerveja. Completamente. Por isso acho uma pena enorme a maioria dos brasileiros ainda pensarem que essa bebida se resume a aquela água amarela insossa que tomamos em volumes hidrelétricos e temperatura polar. Cerveja é muito mais que isso; é um fermentado tão complexo e maravilhoso quanto o vinho– e com tantas oportunidades e potencial.
Há algumas semanas, logo depois de voltar do Great American Beer Festival, em Denver, nos EUA, conheci aqui no Brasil uma família de cervejas sensacional, a italiana Baladin, fabricada artesanalmente em Piozzo.
“Família” de cerveja não é só modo de dizer: vários rótulos foram criados em homenagem à mulher e aos filhos do mestre-cervejeiro, Teo Musso. Dos onze tipos, esses dois me encantaram completamente:
Nora
Conhecida como “spiced beer” ou “cerveja egcípia”, por levar especiarias como gengibre e mirra (resina aromática africana) e ser feita com o cereal egípcio de nome kamut. Foi criada para a então esposa do cervejeiro e é mesmo uma bebida amorosa… Licorosa, intensa, muito aromática e com um toque, no aroma, de abacaxi em calda, é temperada, rica e tem 6.8% de álcool.
Wayan
Criada para a filha do cervejeiro Teo Musso, é produzida com trigo, trigo sarraceno, centeio, coentro, casca de laranja e pimenta. Seus dois pontos fortíssimos, para mim, é ser hiper refrescante por conta do toque cítrico e ter um leve toque ardido dado pela pimenta– completamente integrado ao sabor, diga-se. É sedosa e tem uma linda cor amarela-alaranjada. 5,8% de álcool.
Cada uma custa, em média, R$ 60 (garrafa de 750 ml) na importadora Tarantino.
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