Saj: nova unidade de um dos meus árabes preferidos

Minha entrada predileta: trigo grosso, peito de frango desfiado e carne moída regado com coalhada fresca e hortelã

Gosto bastante do Saj, instalado desde 2008 na Vila Madalena. Gosto de suas esfihas feitas na hora, de massa macia e leve. Gosto do pão que leva o nome da casa, espécie de pão-folha feito assim que é pedido, regado azeite e zaatar. Gosto das pastas, principalmente a bem temperada mhammara (pimentões vermelhos, nozes e páprica). E adoro a entrada composta por trigo grosso, peito de frango desfiado, carne moída, com um toque de canela, regada com coalhada fresca e hortelã e servida morna– TODAS as vezes que vou lá peço isso. Viciei.

O gostoso pão Saj- feito na hora, regado com azeite e zaatar-, e coalhada seca

Então foi uma grata surpresa saber que a casa abriu sua primeira filial, na Rua Joaquim Antunes, aquela que tem o Maní, o Pote do Rei, o Cucina Casalinga… O novo Saj fica no mesmo endereço onde funcionou o Fillipa e mantém inalterado o cardápio da matriz, assim como o estilo despojado e gracioso da decoração.

Deliciosa esfiha de mussarela; esfiha esticadinha de zaatar

Menos de 15 dias da abertura e o salão já estava lotado no almoço. O serviço, simpático, conseguiu dar conta sem muitos tropeços. E eu, claro, pedi o trigo grosso (R$ 19,80), além da esfiha bem gostosa de mussarela (R$ 4,70) – desculpem, mas apesar de correto eu me nego a escrever “esfirra de muçarela”- , coalhada seca (R$ 16) e uma porção do pão Saj (R$ 6,20), que vi ser preparado numa mini-cozinha aberta dentro do salão, numa espécie de UFO arrendondado. O funcionário pega a massa já aberta com uma “almofada”, a coloca deitada no convexo, esparrama azeite e zaatar e, em questão de segundos, a dobra e acomoda na cesta que irá para o cliente.

Kibe de abóbora (com trigo), recheado com alho poró, cenoura, queijo cottage e acompanhado de espaguete de pupunha

Não dá pra ficar numa esfiha só… Tem a aberta com queijo de cabra (R$ 9,40) , a fechada de escarola com uvas passas (R$ 4,50), as esticadinhas (do tamanho de mini-pizzas) de zaatar e carne (R$ 4,30 cada). E o quibe frito (R$ 6, 80), ótimo. Porém, guarde um espaço para os pratos, como o quibe de abóbora recheado com refogado de alho poró, cenoura, queijo cottage e acompanhado de espaguete de pupunha na manteiga (R$ 26,20) e o chacrie, fraldinha cozida na coalhada, anéis de cebolas bem finos fritos na manteiga em pimenta doce e arro cheie- combinação de arroz branco e macarrão cabelo de anjo frito (R$ 38).

Torta morna de ricota com pistache; ambiente do novo Saj, na Rua Joaquim Antunes

Para sobremesa, fique mesmo com o tradicional Chocolamour – sorvete de chocolate, farofa doce,  calda de chocolate e chantilly (R$ 13,50, o pequeno); a torta caseira de ricota e pistache é bem sem graça, e vem acompanha de sorvete que, no caso, pedi pra ser de miski (ou mastiha), mas que só beeeeeeeeem longe tinha o gosto da resina que tanto adoro (R$ 16,10).

Para mim, o Saj é um árabe-porto seguro: sempre como bem sem gastar os tubos.

Saj: Rua Joaquim Antunes, 260,  Jardim Paulistano, tel.: (11) 2574-3665 e Rua Girassol, 523, Vila Madalena, tel.: 3032-5939

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