Mais quatro dias em Nova York e muita, muita coisa boa. Vou deixar os restaurantes bacanões para outro post e, neste, me dedicar às pequenas delícias, na rua ou em lugares sem frescura. E, por que não, baratas.
Há uma loja na 26th entre a 2 e 3 avenidas, mas é no carrinho em frente ao Metropolitan Museum que o bicho pega e as filas se formam. Putcha pretzel bom! Ao contrário de muitos carrinhos de rua que vendem aqueles sem graça, distribuídos pela cidade inteira, o Sigmund’s criam os sabores e, diariamente, tiram diversas fornadas. Pirei no pretzel de azeitona com queijo feta e no “empanado” com sementes de girassol. Fiquei aguada para provar o sanduíche de pretzel roll com peru defumado, brie e maçã (vou voltar amanhã para comê-lo) mas fui mesmo no lindo, pequeno e fantástico cachorro-quente de pretzel bun com linguiça de qualidade e mostarda de verdade, nada daquela gororoba amarelo-doença. Muito bom. Gasto médio por pessoa, 8 dólares.
Essa minúscula deli de judeus canadenses, localizada no Brooklyn, tem pegada caseira e saudável: os pães, feitos ali, são delicados e leves; osqueijos e embutidos, de pequenos produtores; os ovos, orgânicos; o ótimo café, tirado em French Press. O resultado são reconfortantes e equilibrados sanduíches como o montado com dois ovos perfeitos, linguiça de porco e cheddar de qualidade (esqueça a gororoba pasteurizada e envelopada, que parece plástico). Igualmente bom, porém light, o bagel com gergelim recheado de cream cheese de um pequeno produtor do estado do NY– leve, aerado, macio. Gasto médio por pessoa, 20 dólares.
A doceria do famoso chef Thomas Keller, dentro do Time Warner Center, fica constantemente lotada pela simples razão de ser um tesão. Doces tradicionais americanos e franceses feitos com técnica precisa e resultados de gemer. Macaron de chocolate: derrete na boca e deixa um rastro etéreo de chocolate amargo nas papilas. Sticky bun, um bolinho de pecans carameladas: crocante, macio, viscoso, açucarado no ponto ideal. Bolacha de chocolate escuro recheada de creme de baunilha, o famoso Oreo, mas em versão de gente grande: prove e você nunca mais ousará tocar num pacote de Negresco na existência… Donuts, um dos melhores da cidade, somente aos finais de semana. Gasto médio por pessoa, 12 dólares.
Lugar buraquento, pequeno, com paredes rabiscadas e escondido dentro de um hotel de luxo. Então você mal entra e dá de cara com um fila gigante de novaiorquinos apressados e uma placa simpaticona: “se não sabe o que quer, saia da fila. E só aceitamos dinheiro”. Soa não convidativo? Engano. O hambúrguer do Burger Joint é saboroso pacas (evite as batatas fritas: são as congeladas de supermercado) e impecável na sua composição de carne acompanhada de cebola roxa, picles de pepino, queijo e maionese, tudo em quantidades não-americanas, ou seja, bem dosado. Não tem sobremesa. Gasto médio por pessoa, 10 dólares.
• Green Market na Union Square
Organizado pelo GrowNYC, os Green Markets são feiras a céu aberto que acontecem em diversos pontos de Nova Iorque, diversos dias por semana, e reúnem pequenos produtores orgânicos. Você encontra lindas maçãs sem agrotóxicos (e de dezenas de tipos), queijos de cabra alimentadas somente com capim e sem hormônios, sucos, pães, bolos, doces, geleias, ovos de galinhas criadas soltas, batatas fritas caseiras e sem gordura trans… Tudo direto de quem faz, por preços bem bons. A maioria dos produtos pode ser provado – aproveite e faça isso! Passeio gostoso, pode apostar. A Green Market da Union Square acontece às segundas, quartas, sextas e sábados.
Comente
Seja bem-vindo, sua opinião é importante. Comentários ofensivos serão reprovados