Demorou – afinal estava de férias- mas volto a atualizar o Gastrolândia com a última parte das melhores comidas da minha viagem. Espero que vocês gostem e que seja útil para quem visitar NY.
* Birreria
Fácil de dizer: um dos lugares que mais gostei. Uma das razões é que amo cerveja e esta casa de Mario Batali é dedicada a elas, com uma carta muito muito muito boa, focada em italianas e americanas- três rótulos, inclusive, foram especialmente desenvolvidos para a Birreria pela italiana Baladin em conjunto com a americana Dogfish Head (são elas: Wanda, Sophia e Gina). A outra razão é a comida impecável, caso dos cogumelos King Oyster grelhados acompanhados de brócolis e Grana Padano que provei. A terceira e não menos importante, o ambiente: no último andar do prédio em que funciona o Eataly, seu mercado/restaurantes, tem teto aberto em dias de sol e clima absolutamente descontraído. Faça reserva. Gasto médio por pessoa, 55 dólares (com bebida)
* Eataly
Mega mercado entremeado de restaurantes de Mario Batali. Dá vontade de passar o dia inteiro. As prateleiras repletas de produtos, claro, italianos, ficam dispostas entre a pizzaria, o salão que serve carne, outro dedicado a frutos do mar, o que foca em salumeria e queijos, o café- cada um com seu estilo e área definidos. A pizzaria, claro, é a mais concorrida e serve uma redonda bem boa, com molho ótimo apesar de excessivo para o gosto do brasileiro. Ótima carta de vinhos em taça e cervejas especiais.
• Boulud Sud
Um dos endereços mais elegantes de Daniel Boulud é frequentado por muitos ricaços e poucos turistas. Seu menu mediterrâneo é separado em jardim, mar e fazenda e cada um deles contempla várias opções de petiscos, entradas e pratos principais, sendo possível, assim, provar diversas coisas sem morrer de comer. O serviço, um dos melhores que já vi. Coma o sensacional linguini com limão, açafrão e bottarga e trio de queijo de ovelha recheado com tomate confit, duo de tapenades e a ricotta mais sensacional da terra. Gasto médio por pessoa, 80 dólares (sem bebida). Reserve.
• Balthazar
Brasserie tradicional de Keith McNally, muito frequentada por novaiorquinos que lotam absolutamente suas mesas nos brunchs aos domingos- se não tivesse reservado, encararia uma espera mínima de duas horas. O motivo do sucesso é a conjunção de ambiente chique/despretensioso/badalado e comida bem feita com aceito francês. Metade dos clientes comiam, com um grande sorriso, a famosa sopa de cebola gratinada, que não provei – estava beeeeeem entretida com minha massa folhada sensacional, recheada com ovos mexidos e aspargos perfeitos, além de cogumelos selvagens. Muito bom também o waflle com frutas vermelhas em calda morna. Matadora a sobremesa composta por massa fininha, ricota, rodelas de banana caramelada sobre sorvete caseiro de banana. Gasto médio por pessoa, 50 dólares.
• Hop Kee
Chinês antigo e pé sujo em Chinatown, indicado por Anthony Bourdain em um de seus programas. Não chega a ser sensacional, mas tem coisas lindas como os wons tons fritos com molho agridoce e o frango com gengibre, ervilhas, castanhas de cajú e abobrinha japonesa. Gasto médio por pessoa, 20 dólares.
• Laut
Ótimo restaurante de comida da Malásia, Cingapura e Tailândia no qual a equipe de salão e da cozinha é inteira do sudeste asiátco. Seu menu imenso esconde maravilhas como o Sam Laksa (tipo de prato que poderia comer até a louça!), noodles imersos em um caldo divino de capim limão, leite do coco, cebola em flocos, pepino, abacaxi e hortelã vietmanita, servido com camarões. Pirei também no enrolado de pele de tofu frita recheado com carne e molho agridoce e nos siris de casca mole fritos e então lindamente soterrados em molho de tomate com especiarias. Gasto médio por pessoa, 40 dólares.
• Momofuku Ssäm Bar
O chef David Chang se tornou uma instituição novaiorquina: suas casas sempre estão entupidas de gente, seu rosto é um dos mais procurados para partipação em programas de gastronomia e sua personalidade não muito fácil ajudou na construção do mito em torno deste americano de ascendência coreana. Não há a menor possibilidade de conseguir uma mesa em nenhum de seus restaurantes sem uma reserva beeeeeeeeem antecipada. Na noite em que fui, cerca de cinquente pessoas voltaram pra casa tristonhas por não terem chance nenhuma de colocar os pés nem perto do bar. O salão tem as mesas coladas umas às outras, é escurinho e parece uma balada. Mas não se engane: é na cozinha que está o melhor dali. O menu oferece dezenas de opções com porco e frutos do mar, mas o que eu queria comer era outra coisa, o tão falado rotisseria duck ssäm. Por 130 dólares, e só sob encomenda (a refeição dá para quatro pessoas), você terá a melhor experiência gastronômina patística da sua vida: um pato inteiro é colocado na frente dos comensais, servido com o peito fatiado e quase desmanchando de tão macio, as coxas confitadas, tudo sobre uma cama de gohan, várias folhas e potes com quatro tipos de molho. O negócio é comer com a mão: pegue uma folha de alface, coloque um pouco de arroz, um pedaço da carne, um temperos, o molho, faça um rolo e…. morra de alegria. Um tesão. Gasto médio por pessoa, 80 dólares.
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