Somos ininterruptamente bombardeados pela ditadura da magreza.
Louvamos o padrão de beleza semi-anoréxico aclamado pela publicidade, filme, novelas, revistas – o bonito é ser alto, sarado, com barriga negativa e sorriso constante.
Pra piorar o cenário, de uns anos para cá, blogueiras/instagramers de fitness tornaram-se ‘gurus’, seguidas cegamente por milhões: o problema é que raramente sabem o que dizem e espalham loucuras alimentares na mesma velocidade em que ganham likes de gente ansiosa por pertencer a aquele mundo (falsamente) saudável e glamuroso.
Isso sem contar os nutricionistas criadores de modinhas, que variam de inócuas à estúpidas e perigosas.
O denominador comum entre todos é a busca por algo que não existe: fórmulas mágicas.
Para atingir o objetivo “musa/o do verão”, perdem peso a qualquer custo – inclusive, e constantemente, colocando a própria saúde na reta.
Desejam tanto entrar na calça 38 que não ligam a mínima se, a longo prazo, a fatura venha em forma de doenças.
Ignoram que emagrecer só é saudável se for feito de maneira saudável…
O controle do peso é, sim, um fator importante na manutenção do bem-estar (obesidade influencia negativamente na glicemia, colesterol, triglicérides; dificulta o fluxo sanguíneo; sobrecarrega órgãos e membros… ), mas o X da questão não é o quanto pesamos. Não é ter abdômen trincado. Não é encher a cara de suplemento e sair fazendo crossfit. Não é entupir a fuça de whey, de biomassa, de zero-carbo, de sem glúten/lactose, de óleo de coco.
O X da questão, em tudo, é CONHECIMENTO.
É saber como nosso corpo funciona.
É olhar para nós mesmos como um todo que precisa de cuidado constante, diário.
É deixar a superficialidade de lado.
É parar de procurar milagres – desculpe, mas eles não existem.
Emagrecer é decorrência de nos reconectarmos a nós mesmos. De respeitarmos a necessidade vital de relaxar. De incluirmos exercícios no cotidiano não como meio para “arrasarmos na praia”, mas para habitarmos um corpo saudável que nos possibilite curtir a vida e não restringi-la. De nos alimentarmos primordialmente de vegetais, frutas e verduras (orgânicas, sem dúvida) e riscarmos da dieta pacotinhos, pózinhos, superprocessados, corantes, conservantes, gordura hidrogenada, glutamato monossódico.
Spa não deveria ser um lugar para emagrecer – por que é possível fazer isso de formas muito, mas muito maléficas – mas sim para nos reeducar. E é exatamente essa a linha de raciocínio e prática do Kurotel Spa e Centro Médico de Longevidade, em Gramado.
Há dois anos vou para lá passar uma semana e sempre volto tendo aprendido muito, tanto sobre nutrição quanto sobre mim mesma, meu biorritmo, minhas necessidades.
Ali como bem pacas – a cozinha do Kur tem o nível mais alto do que a de muitos restaurantes paulistanos -, cinco refeições por dia, na quantidade de calorias sensata (ou seja, nada de dietas de 400 calorias/dia, que só fazem o ser sofrer e, ao sair, voltar a ganhar o peso que perdeu). Passo por clínico geral, osteopata, nutricionista, psicólogo, fisioterapeuta. Faço check up. Recebo massagem. Quase derreto de relaxamento no circuito de águas e banhos terapêuticos. Uso os ótimos produtos de banho (sabonete, creme, xampu) produzidos pelo Kur, sem parabenos. No final, recebo relatório detalhado com indicação de cardápios para fazer em casa, além de todas as receitas.
E, como consequência, emagreço.
Por que spa bom é aquele no qual você esquece a balança e lembra como é reconfortante cuidar bem de si mesmo.
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