Há bons hotéis, hotéis sensacionais e hotéis inesquecíveis. O Belmond Grand Hotel Timeo, em Taormina, na Sicília, não só entra na última categoria como a eleva a outro patamar, a dos hotéis que penetram no nosso inconsciente e ficam para sempre fazendo aparições em nossos sonhos.
Lá comemorei meus 41 anos: uma noite e um dia de contemplação em companhia do meu marido, do Etna e do mar Jônico. Por-do-sol multicor, silêncio. Café da manhã na varanda do quarto, drinques de fim de tarde no páteo – aliás, tomar alguns coquetéis por ali é programa indispensável para quem vai a Taormina, mesmo não sendo hóspede, tanto pela qualidade da coquetelaria quando pelo visual de embasbacar.
Já me hospedei em alguns hotéis da rede Belmond pelo mundo e sempre, sempre, sempre tive experiências absurdamente prazerosas. Porém, confesso, o Timeo tem algo tão especial que chega a ser impalpável. É mais do que luxo, atendimento impecável, boa comida, localização deslumbrante: é uma aura de paz que faz parecer que o mundo tem sentido.
Localizado na parte alta de Taormina, bem ao lado do deslumbrante Teatro Grego (há, inclusive, uma passagem secreta dele diretamente para o hotel, usada somente nos dias de evento, para ‘retirar de cena’ os protagonistas, sejam cantores ou atores), o Belmond Timeo funciona apenas na alta temporada, permanecendo fechado do meio do outono ao fim do inverno. Então, no começo da primavera, ela vai tomando vida aos poucos. Seus lindos jardins vão renascendo.
Quem se hospeda lá conta com o transfer para a praia – praticamente particular – do outro hotel da rede, o Belmond Villa Sant’Andrea. Nada mal passar uma tarde estirada ao sol e, ao abrir os olhos, encontrar os azuis do mar quase ao alcance das mãos…
Um dia memorável.
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